5 anos da exortação

Amoris laetitia é uma carta de amor do Papa às famílias, afirma padre

Secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida comentou o aniversário de 5 anos da exortação do Papa

Da redação, com Vatican News

/ Foto: Liv Bruce – Unsplash

Amoris laetitia é uma carta de amor do Papa às famílias. A afirmação é do Secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, padre Alexandre Awi Mello.

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O sacerdote brasileiro descreve a exortação do Pontífice como um texto com “muita riqueza prática”.

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Em entrevista ao Vatican News, padre Alexandre falou da importância de se abrir a esse documento do Pontífice. A Amoris laetitia acaba de completar 5 anos de publicação.

Orientação para a vida familiar

Segundo o presbítero, a exortação ajuda a preencher a lacuna de muitas pessoas que têm “necessidade de orientação em relação à vida familiar”.

Padre Alexandre explicou o porquê de o Papa inclusive convocar um período especial chamado Ano “Família Amoris laetitia”.

“Sem dúvida é revitalizar; resgatar; até diria assim, para alguns, tirar da gaveta; outros que nem sabiam que existia a exortação; entrar em contato com essa carta de amor do Papa às famílias”.

A carta de amor traz ações práticas

A exortação, como o próprio Ano especial, tem o objetivo de colocar a família no centro da atenção pastoral da Igreja, fazendo dela protagonista.

Por isso, Amoris laetitia procura ir direto ao ponto, observou padre Alexandre. Ela propõe ações práticas para serem vividas dentro do lar.

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O sacerdote brasileiro recorda o pedido de Francisco para que as famílias cultivem sempre as três “palavrinhas mágicas”: obrigado, desculpa e dá licença.

“São palavras muito práticas que se no dia a dia a gente usa, a gente consegue viver melhor”.

O Santo Padre também faz uma série de outras recomendações, recordou o presbítero. Elas são práticas e são sobre como cultivar o amor, se manter sempre enamorados, de como enfrentar o sofrimento, as dificuldades.

Padre brasileiro, Alexandre Awi/ Foto: Arquivo Pessoal – Padre Alexandre

Livro de cabeceira

“O Papa diz claramente no início da exortação: não é um texto para ser lido, assim, corrido; é para ser lido pausadamente, com calma, meditando”, constatou padre Alexandre.

Para o sacerdote, a exortação é aquele livro de cabeceira que cada dia a gente pode se perguntar: “mas hoje será que eu vivi algo disso?”.

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Aprofundamento

Junto à reflexão da exortação, o próprio Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida tem oferecido subsídios de aprofundamento da Amoris laetitia.

Esses subsídios são para ajudar diretamente as famílias a enfrentar as alegrias e as dificuldades do dia a dia.

“Não ficar esperando que o pároco, que o bispo, que o dicastério, façam as coisas. Mas é justamente que as famílias se sintam protagonistas, sintam que está nas mãos delas”, comentou.

Segundo o presbítero, é tempo de arregaçar as mangas e não ficar parado, perdido com a pandemia, que ninguém sabe como é que vai terminar e quando vai terminar.

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Respeitando todas as regras de distanciamento, padre incentiva reuniões pelos meios de comunicação, vídeos e muita criatividade.

“Todos nós estamos nos reinventando nesse tempo e que seja um tempo justamente de reinventar a beleza e alegria do amor familiar”.

Encontro Mundial das Famílias de 2022 em Roma

Todas as iniciativas do Ano Especial vão culminar no Encontro Mundial das Famílias marcado para o próximo ano, em Roma.

O padre brasileiro afirma que a ocasião é perfeita para celebrar essa “beleza da vocação e da santidade da vida familiar”.

“Não sei se você já parou para pensar que existem Santos, esposos: marido e mulher que foram canonizados. Já existem muitos Beatos, muitos casais de esposos Beatos. Esse também é um tema que a gente gostaria de propor, ver que é possível ser Santo como casal.”

Além da santidade da vida familiar, os jovens também são tema de reflexão. O incentivo é para que busquem o diálogo intergeracional com os idosos e se motivem para a vocação matrimonial.

“Talvez falte esse momento para os jovens: ‘você já pensou que bonito que é casar?’. Mas a gente brinca entre nós no Brasil: ‘Ah, não, Deus me livre’. O próprio Papa brinca: ‘vocês são corajosos’.  Eu que trabalhei sempre com a juventude se brincava: ‘olha, vão te colocar a coleira’. Então, como se o casamento não fosse algo lindo, mas é uma vocação, é um chamado”.

O sacerdote observa que o casamento é para os que têm vocação matrimonial, porque Deus os chamou a essa vocação. É uma missão dada por Deus e por isso Ele se faz presente através dos sacramentos de uma maneira que cela esse amor.

“Então, é um Ano para resgatar tudo isso. Esperamos realmente que no próximo ano, em junho, nós possamos celebrar esse X Encontro Mundial das Famílias junto com o Papa, aqui em Roma, como uma combinação de toda essa reflexão sobre a vocação e a santidade matrimonial.”

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