O Bispo de Roma expressou as suas condolências pelas mais de mil pessoas que foram mortas na região de Darfur, no oeste do Sudão, após fortes chuvas
Da redação, com Vatican News

Mil pessoas foram mortas após um deslizamento de terra na região de Darfur, no oeste do Sudão / Foto: Reprodução Reuters
Um deslizamento de terra arrasou Tarasin, uma vila na região de Darfur, no Sudão, em 31 de agosto, após vários dias de fortes chuvas. Pelo menos mil pessoas morreram na vila, na região das Montanhas Marrah, segundo o Exército do Movimento de Libertação do Sudão. Nesta terça-feira, 2, o Papa Leão XIV enviou um telegrama ao Bispo Yunan Tombe Trille Kuku Andali, Bispo da Diocese de El Obeid, para expressar seu pesar.
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O Papa disse rezar fervorosamente pelas almas dos falecidos, pelos feridos e por aqueles que ainda estão desaparecidos, confiando ao Senhor todos os atingidos pelo desastre. Segundo informações das agências de notícias, mais de 800 pessoas morreram e quase 3 mil ficaram feridas. Leão XIV ainda expressou “sincera solidariedade, em particular, àqueles que choram a perda de entes queridos e às equipes de emergência e autoridades civis envolvidas nos esforços de resgate e recuperação. Neste momento difícil para a nação”, finalizou o telegrama, o Pontífice invocou “sobre o povo afegão as bênçãos divinas de consolo e força”.
Um dos piores desastres do país
O que aconteceu às 23h47 deste domingo, 31, com um terremoto de magnitude 6.0 e epicentro a 27 quilômetros a nordeste da cidade de Jalalabad, é um desastre natural de proporções inimagináveis e de peso praticamente insustentável para o Estado liderado pelo Talibã, que já enfrenta várias situações de crise humanitária, entre as quais, a gestão de milhões de refugiados expulsos do Irã e do Paquistão. O porta-voz do Ministério da Saúde, Sharafat Zaman, lançou um apelo pedindo ajuda da comunidade internacional para enfrentar o desastre causado pelo terremoto.
Resgates difíceis
Os socorristas têm dificuldade em chegar às áreas afetadas nessas regiões montanhosas na fronteira com o Paquistão, isoladas de qualquer tipo de comunicação. O Ministério da Saúde informou que já mobilizou todos os recursos disponíveis para tentar levar socorro e bens de primeira necessidade às pessoas afetadas. As imagens divulgadas pela agência de notícias Reuters Television mostram helicópteros fazendo o transporte de ida e volta aos hospitais. As equipes de resgate militares estão reduzidas ao mínimo, anunciou o Ministério da Defesa, que conseguiu realizar cerca de 40 voos para transportar um total de 420 mortos e feridos.
Situação humanitária extremamente grave
Este é o terceiro terremoto catastrófico no Afeganistão desde que os talibãs voltaram ao poder em 2021, após a retirada das forças internacionais e o corte do financiamento governamental. O financiamento humanitário também caiu. As agências humanitárias internacionais denunciam a crise esquecida do Afeganistão, onde mais da metade da população precisa de ajuda urgente. Até o momento, segundo o Ministério das Relações Exteriores do país, nenhum governo se prontificou a garantir a ajuda necessária para socorrer a população afetada.
Em uma postagem na rede social X, o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, declarou que os funcionários da ONU presentes no Afeganistão estão trabalhando para fornecer assistência inicial. Também em uma postagem na plataforma social, o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, expressou esperança para que “a comunidade de doadores não hesite em apoiar os esforços de socorro”.