Colégio Pontifício

Papa recebe membros do Pontifício Colégio Ucraniano de São Josafá

Membros do Pontifício Colégio Ucraniano de São Josafá se encontraram com o Papa que recordou os tempos difíceis vividos pelo país europeu

Da redação, com Rádio Vaticano

Santuário de Zarvanytsya, na Ucrânia / Foto: RV

O Papa Francisco recebeu nesta quinta-feira, 9, na Sala Clementina, no Vaticano, 130 membros da comunidade do Pontifício Colégio Ucraniano de São Josafá, em Roma. Durante o encontro, Francisco recordou que esta reunião se realiza há 85 anos, desde a construção do colégio na colina do Gianicolo, a pedido do Papa Pio XI.

“Ele foi o promotor de uma iniciativa que mostrava a atenção especial e concreta dos Sucessores de Pedro pelos fiéis da Igreja provenientes daquela área de sofrimento e perseguição, que desta forma podiam sentir-se aqui, em Roma, como filhos amados que moram e crescem numa casa, preparando-se para a missão apostólica como diáconos e sacerdotes”, disse Francisco.

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Francisco lembrou, durante o encontro, o pontificado de Pio XI, que enfrentou vários desafios, mas sempre levantou a sua voz firme na defesa da fé, da liberdade da Igreja e da dignidade de cada pessoa humana.

“Condenou claramente, por meio de discursos e cartas, as ideologias ateias e desumanas que ensanguentaram o século XX. Evidenciou suas contradições, indicando à Igreja o caminho mestre do Evangelho, também colocado em prática na busca da justiça social, dimensão imprescindível do resgate humano de povos e nações. Como futuros sacerdotes, convido-os a estudar a Doutrina Social da Igreja a fim de amadurecerem no discernimento e julgamento das realidades sociais em que vocês serão chamados a trabalhar”, recordou o Papa.

Francisco ainda frisou o drama bélico vivido pela Ucrânia, que traz muito sofrimento, sobretudo às áreas atingidas que se tornaram ainda mais vulneráveis devido ao inverno rigoroso que se aproxima. “A inspiração pela justiça e pela paz é forte, e proíbe toda forma de abuso, corrupção social e política, realidade em que são sempre os pobres a pagarem as consequências. Que Deus ajude e encoraje aqueles que trabalham por uma sociedade cada vez mais justa e solidária. Que eles sejam apoiados pelo compromisso concreto das Igrejas, dos fiéis e de todas as pessoas de boa vontade”, disse.

O Santo Padre lembrou ainda seu discurso ao Santuário Nacional de Zarvanytsya e disse que Maria deseja que os sacerdotes de seu Filho sejam como as velas acesas nas noites de vigília neste santuário, para recordar a todos, especialmente aos pobres, aos sofredores, e aos que fazem o mal e semeiam violência e destruição, que “o povo que andava nas trevas viu uma grande luz, e uma luz brilhou para os que habitavam um país tenebroso”.

Aos seminaristas e sacerdotes da Igreja greco-católica ucraniana, o Papa disse que conserva e venera um pequeno ícone ucraniano de Nossa Senhora da Ternura, presente que lhe foi dado quanto estava em Buenos Aires. Francisco os abençoou, invocando a paz e a harmonia ecumênica para a Ucrânia.

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