Francisco discursou a um grupo de embaixadores que iniciaram seu trabalho diplomático junto à Santa Sé
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco recebeu, em audiência no Vaticano, um grupo de novos embaixadores. Eles apresentaram suas credenciais.
Os novos embaixadores eram provenientes de Singapura, Zimbábue, Bangladesh, Argélia, Sri Lanka, Barbados, Suécia, Finlândia e Nepal. Um grupo tão heterogêneo de países.
O Pontífice dedicou seu discurso aos efeitos da crise social e econômica em decorrência do novo coronavírus.
Leia também
.: Papa a embaixadores: trabalhar por um mundo mais justo e fraterno
.: Papa destaca direitos humanos em audiência com embaixadores
“A pandemia nos tornou mais conscientes da nossa interdependência enquanto membros da única família humana”. Ao mesmo tempo, o Santo Padre ressaltou a necessidade de atenção aos pobres e aos indefesos.
Para Francisco, a crise deve ser enfrentada com passos concretos e corajosos. É preciso desenvolver uma “cultura do cuidado” global, frisou.
Esta cultura do cuidado significa criar novas relações e estruturas de cooperação a serviço da solidariedade.
Dívidas econômica e ecológica
A pandemia evidenciou também a dificuldade – senão a incapacidade – de buscar soluções comuns aos problemas do mundo. É o que afirmou o Pontífice. O Papa citou problemas como a migração, as mudanças climáticas e as crises humanitárias.
“Penso na dívida econômica que pesa sobre muitos países que lutam para sobreviver e à ‘dívida ecológica’ que devemos à própria natureza”, disse. Francisco citou ainda os povos e os países atingidos pela degradação ambiental causada pelo homem e pela perda da biodiversidade.
Leia também
.: Papa a embaixadores: o caminho para a paz começa com a reconciliação
“Estes problemas não são só políticos ou econômicos”, afirmou, mas são questões de justiça. O Santo Padre enfatizou o dever moral intergeracional que diz respeito ao mundo que deixaremos a nossos filhos.
Eis então que entra em campo a importância da diplomacia, e o Papa reiterou os esforços feitos pela Santa Sé a serviço do bem comum. O Pontífice renovou seu apelo, de modo especial, em prol da paz na Terra Santa.
“Senhores embaixadores, ao oferecer-lhes estas reflexões, formulo os meus melhores votos para a responsabilidade que agora assumem e lhes garanto a colaboração e a ajuda dos Departamentos da Santa Sé para a realização deste dever”, concluiu.