Santo Padre preside hoje a tradicional Missa do Galo; recorde homilias anteriores
Da Redação
A luz que Jesus Cristo é para a humanidade, iluminando as trevas do mundo. Essa foi a ênfase do Papa Francisco na primeira Missa do Galo de seu pontificado, em dezembro de 2013. São nove Natais como Papa, trazendo reflexões para levar aos fiéis o verdadeiro sentido da celebração do nascimento de Jesus. Em cada mensagem, um olhar de fé, de renovação e de esperança.
Em 2014, foi a vez de enfatizar a ternura de Deus. Francisco lembrou os fiéis que a presença do Senhor no meio do seu povo cancela o peso da derrota e a tristeza da escravidão e restabelece o júbilo e a alegria. Deus aceita a miséria humana e se enamora por sua pequenez, mas como os fiéis acolhem tamanha ternura? Esse foi o questionamento do Papa.
“Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me alcançar por Ele, deixo-me abraçar ou impeço-Lhe de aproximar-Se? (…) Esta é a pergunta que o Menino nos coloca com a sua mera presença: permito a Deus que me queira bem?”.
Humildade, simplicidade de Jesus
A humildade de Jesus foi a mensagem central do Papa no Natal de 2015. Nesse ano, Francisco atentou sobre a sociedade marcada pelo consumismo, colocando como contraponto o convite do Menino Jesus a ter um comportamento simples, vivendo o que é essencial.
“Este Menino ensina-nos aquilo que é verdadeiramente essencial na nossa vida. Nasce na pobreza do mundo, porque, para Ele e sua família, não há lugar na hospedaria. Encontra abrigo e proteção num estábulo e é deitado numa manjedoura para animais. E todavia, a partir deste nada, surge a luz da glória de Deus.”
Em 2016, a temática também perpassou a homilia, quando Francisco falou sobre a simplicidade de Deus e a necessidade de fazer-se pequeno para encontrar Jesus.
Natal de 2017: cuidar da esperança
Cuidar da esperança, despertando da indiferença para com quem sofre. Esse foi o destaque na homilia de Francisco no 24 de dezembro de 2017. Francisco chamou a atenção para a realidade daqueles que são obrigados a deixar sua terra.
“Natal é tempo para transformar a força do medo em força da caridade, em força para uma nova imaginação da caridade. A caridade que não se habitua à injustiça como se fosse algo natural, mas tem a coragem, no meio de tensões e conflitos, de se fazer “casa do pão”, terra de hospitalidade.
Partilha e doação
Em 2018, Francisco propôs uma reflexão sobre o estilo de vida baseado na partilha e doação. Francisco questionou os fiéis, para reflexão: “Qual é o alimento de que não posso prescindir na minha vida? É o Senhor ou outra coisa qualquer?”.
“O corpo pequenino do Menino de Belém lança um novo modelo de vida: não devorar e acumular, mas partilhar e dar. Deus faz-Se pequeno, para ser nosso alimento. Nutrindo-nos d’Ele, Pão de vida, podemos renascer no amor e romper a espiral da avidez e da ganância.”
Luz e renascimento
Em 2019, Francisco voltou a falar da luz de Cristo que brilha na noite de Natal. O Papa destacou que, em Jesus, Deus se faz Menino, para ser abraçado por nós.
“Na noite da terra, apareceu uma luz vinda do Céu. Que significa esta Luz? É a graça de Deus portadora de Salvação para todos os homens. E o que é esta graça? É o amor divino, o amor que liberta do mal”.
E no Natal do ano passado, marcado pela pandemia de covid-19, Francisco propôs a temática do renascimento, reconhecendo-se como Filho de Deus.