Missa de Natal

Na solenidade do Natal, Papa preside Missa na Basílica Vaticana

Santo Padre presidiu Missa na solenidade do Natal, chamando atenção para a realidade daqueles que são obrigados a deixar sua terra

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Papa durante homilia na Missa de Natal / Foto: Reprodução Youtube Vatican News

Cuidar da esperança, despertando da indiferença para com quem sofre. Esse foi, em suma, o ponto central da homilia do Papa Francisco neste domingo, 24, na Missa da Noite da solenidade do Natal do Senhor. Francisco presidiu a Santa Missa na Basílica Vaticana.

Refletindo sobre o nascimento de Jesus, o Santo Padre destacou a situação de Maria e de José, que por um lado era de esperança e futuro pela chegada do filho e por outro era marcada por incertezas e perigos próprios de quem tem que deixar sua casa.

Chegando a Belém, não havia lugar para Maria e José, observou o Papa, mas foi justamente lá que acendeu a centelha revolucionária da ternura de Deus. “Em Belém, criou-se uma pequena abertura para aqueles que perderam a terra, a pátria, os sonhos; mesmo para aqueles que sucumbiram à asfixia produzida por uma vida fechada”.

Francisco destacou que nos passos de Maria e de José vê-se as pegadas de famílias inteiras que hoje são obrigadas a partir, a separar-se de seus entes queridos, tantas pessoas que são expulsas de sua terra. “Em muitos casos, esta partida está carregada de esperança, carregada de futuro; mas, em tantos outros, a partida tem apenas um nome: sobrevivência”, lembrou.

Os primeiros destinatários da notícia do nascimento de Jesus foram os pastores, homens e mulheres que, conforme explicou o Papa, tinham que viver à margem da sociedade. “Eis a alegria que somos convidados a partilhar, celebrar e anunciar nesta noite. A alegria com que Deus, na sua infinita misericórdia, nos abraçou a nós, pagãos, pecadores e estrangeiros, e nos impele a fazer o mesmo. A fé desta noite leva-nos a reconhecer Deus presente em todas as situações onde O julgamos ausente”.

“Natal é tempo para transformar a força do medo em força da caridade, em força para uma nova imaginação da caridade. A caridade que não se habitua à injustiça como se fosse algo natural, mas tem a coragem, no meio de tensões e conflitos, de se fazer «casa do pão», terra de hospitalidade. Assim no-lo recordava São João Paulo II: ‘Não tenhais medo! Abri, antes, escancarai as portas a Cristo’”, acrescentou Francisco.

O Papa concluiu a homilia com um apelo ao Menino Jesus pelo fim da indiferença para com quem sofre. “Que o vosso choro nos desperte da nossa indiferença, abra os olhos perante quem sofre. A vossa ternura desperte a nossa sensibilidade e nos faça sentir convidados a reconhecer-Vos em todos aqueles que chegam às nossas cidades, às nossas histórias, às nossas vidas. Que a vossa ternura revolucionária nos persuada a sentir-nos convidados a cuidar da esperança e da ternura do nosso povo”.

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