Em audiência, Francisco destacou que, na jornada em meio a este mundo, os santos são como luzes acesas por Deus para que os homens não se percam
Da Redação, com Vatican News
Em audiência com membros da Delegação Ecumênica da Finlândia, o Papa Francisco enfatizou que “nossa meta comum é Jesus Cristo”. Ele recebeu o grupo na manhã desta sexta-feira, 19, por ocasião da festa de Santo Henrique.
O Pontífice disse, em seu discurso, que como membros da comunidade de batizados, “todos estamos a caminho” para encontrar-se com Jesus. Na sequência, observou que “essa meta não está longe, não é inatingível, porque nosso Senhor veio ao nosso encontro em sua misericórdia, tornou-se próximo na Encarnação e ele mesmo tornou-se o Caminho, para que possamos caminhar seguros em meio às encruzilhadas e às falsas direções do mundo”.
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Diante disso, o Santo Padre falou do testemunho dos santos, que são irmãos que percorreram essa estrada e chegaram até o fim. Enquanto testemunhas vivas de Cristo, eles acompanham os homens e os incentivam a permanecer no caminho do discipulado, mesmo nas quedas durante o percurso. “Como luzes acesas por Deus, eles brilham diante de nós para que não percamos de vista a meta”, exprimiu Francisco.
Busca pela unidade
Ele observou que, por muito tempo, a veneração dos santos pareceu dividir os fiéis católicos e ortodoxos de um lado e os protestantes de outro. Contudo, o Papa frisou que não deve ser assim (como nunca foi) na fé do povo de Deus.
Recordando alguns santos nórdicos como Brígida, Henrique e Olavo, o Pontífice destacou a consciência do dever de rezar pela unidade da Igreja, expressa na Encíclica Ut unum sint, de São João Paulo II. Na visão de Francisco, este encontro com a Delegação Ecumênica da Finlândia é um sinal vivo no contexto da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que teve início no Hemisfério Norte nesta quarta-feira, 18.
“Façamos com que este encontro ecumênico não se reduza a um cumprimento e não se torne autorreferencial: que tenha sempre a força vital do Espírito Santo e que esteja aberto para acolher os irmãos e irmãs mais pobres e esquecidos, e também aqueles que se sentem abandonados por Deus, que perderam o caminho da fé e da esperança”, declarou o Santo Padre. Por fim, concluiu seu discurso convidando todos a rezar o Pai-Nosso em sua própria língua.