Cirurgião cardiovascular comenta a relação do frio com problemas no coração e indica prevenções
Da Redação, com CN Notícias Edição da Manhã
O tempo frio pode aumentar o risco de problemas no coração. Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia, o número de infartos cresce, em média, 30 por cento durante o inverno. Os índices de AVC também sobem durante o período mais frio sendo 20% maior do que em outras épocas do ano.
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O cirurgião cardiovascular Élcio Pires Júnior explica essa relação. Ele comenta que os estudos foram realizados em diferentes países e compararam o surgimento das doenças no inverno com relação às demais estações do ano.
“A estimativa é de que a cada 10 graus célsius de queda na temperatura haja um aumento de sete por cento no índice de infartos. A situação se agrava especialmente quando os termômetros atingem marcas inferiores a 14 graus célsius”, explica o dr. Pires.
Assista à explicação completa do médico:
Na prática, com o tempo mais frio, o organismo concentra esforços para manter o calor interno do corpo, que deve ser de 36,1 graus célsius. Isso faz com que as paredes dos vasos sanguíneos se contraiam e, assim, o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue.
Outro fator, segundo o dr. Pires, é que no frio as pessoas sentem menos sede no frio e acabam ingerindo menos líquido, ficando desidratadas. Assim, o sangue fica mais denso e coagula mais facilmente, o que também colabora para um aumento da pressão sanguínea.
As atenções devem ser redobradas para idosos, hipertensos, diabéticos, obesos, fumantes e sedentários. No entanto, mesmo os que não fazem parte desses grupos de risco devem evitar a exposição prolongada ao frio intenso.
“Par evitar os efeitos do frio no sistema cardiovascular, procure realizar atividades físicas, porém evite realizá-las em ambientes com temperaturas menores de 14 graus célsius. Mantenha-se hidratado, evite alimentação muito calórica e com excesso de gorduras”.
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