Missa Solene no primeiro dia de Santa Dulce dos Pobres foi celebrada em Salvador
Denise Claro
Da redação
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Primeiro dia de Santa Dulce dos Pobres é comemorado neste dia 13./ Foto: Obras Sociais Irmã Dulce
Nesta quinta-feira, 13, a Igreja no Brasil vive o primeiro dia de Santa Dulce dos Pobres, canonizada em outubro de 2019. A data foi comemorada com uma Missa Solene, às 9h, presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Sérgio da Rocha.
Logo no início da celebração, um prelúdio foi feito, com uma pessoa caracterizada como Irmã Dulce, que entrou na Igreja, tocando uma sanfona.
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Santa Dulce dos Pobres./ Foto: Obras Sociais Irmã Dulce
Em suas palavras de acolhida, Dom Sérgio expressou a gratidão a Deus pela vida de Santa Dulce.
“Nós louvamos a Deus de coração. Bendito seja Deus por Santa Dulce dos pobres, por este Santuário tão querido e pelos frutos de santidade de Santa Dulce que são vividos aqui e em toda a Igreja.”
Na homilia, o arcebispo de Salvador saudou as autoridades presentes, os fiéis e devotos que acompanhavam presencialmente e pelas redes sociais.
“Nós com toda a Igreja no Brasil e no mundo estamos celebrando pela primeira vez a festa de Santa Dulce dos Pobres após sua canonização. Louvamos a Deus pelo seu testemunho de caridade, frutos que permanecem na vida dos fiéis, nas obras sociais, frutos que aos poucos o mundo todo, a Igreja toda vai tendo a graça de experimentar.”
O cardeal afirmou que Santa Dulce mostra hoje, a toda a Igreja, o caminho de santidade que Deus quer de seu povo. “Ela, uma santa do nosso tempo, que viveu em Salvador, é sinal de que a santidade não é coisa do passado, não ficou para trás, mas vale para os dias de hoje. Os santos dos nossos altares estiveram antes caminhando conosco neste mundo, entre alegrias e dores. Santa Dulce lembra que é possível ser santo hoje, e que todos somos chamados a viver a santidade”.
A liturgia fez um convite à vivência da caridade e à oração, ressaltando esta atenção com os mais necessitados. Dom Sérgio frisou que esta vivência conjunta é a chave, e que a religiosa soube encarnar em sua vida a Palavra de Deus.
“Santa Dulce viveu a santidade e a caridade, e a falta de recursos muitas vezes, mas ela jamais desistiu, confiando na providência de Deus. Na vida de Santa Dulce, a oração se prolongou na vida, se expressando através do amor ao próximo. As pessoas mais sofridas recorriam a ela, reconhecendo nela uma mãe muito querida, um anjo protetor. E o anjo bom da Bahia é hoje o anjo bom do Brasil.”
O cardeal afirmou que Santa Dulce dos Pobres teve reconhecido em seu nome o amor aos mais necessitados, e lembrou a gratuidade do amor de Deus, que ama a cada um primeiro, antes que se possa expressar qualquer amor.
“O amor de Deus não se esgota no esquema de recompensa. Deus ama por primeiro, de graça. E assim Santa Dulce amou. Amou aqueles que não tinham como retribuir com os bens deste mundo. Amou quem não era amado, valorizado, amou as pessoas que mais sofriam. É esse o jeito que nós devemos também hoje glorificar a Deus, amando quem passa pelas situações mais difíceis, que merece toda a atenção.”
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Cardeal Dom Sérgio da Rocha./ Foto: Obras Sociais Irmã Dulce.
Em suas palavras, Dom Sérgio lembrou que esta caridade precisa ser vivida individualmente, mas também comunitariamente, e que por isso a Igreja tem tantos trabalhos de caridade. O prelado citou as Obras Sociais de Irmã Dulce, e afirmou que esta organização da caridade é necessária atualmente, contando com a ajuda da Igreja e das autoridades.
Por fim, o arcebispo frisou que o mais importante na ajuda aos outros é ter o coração voltado a Deus.
“Jesus deixa claro que aquilo que nós fazemos pelos pobres e doentes, é a Ele que fazemos. E o que deixamos de fazer, é a Ele que deixamos de fazer. Este é um critério de santidade. Devemos viver a caridade, mas sempre tendo esta certeza, de que é a Ele que nós servimos quando amamos as crianças, os pobres, os doentes, aos mais necessitados”.- e finalizou- “Bendito seja Deus por Santa Dulce dos pobres, porque nela essa Palavra tão bonita aconteceu e deu frutos.”
A Missa Solene foi o ponto alto da programação da primeira festa de Santa Dulce dos Pobres, que ao longo do mês reuniu diversas homenagens à religiosa. A celebração foi realizada respeitando todos os protocolos deste tempo de pandemia.
Ao final da Missa, o Reitor do Santuário de Santa Dulce dos Pobres, Frei Giovanni Messias, agradeceu a presença de todos, e reforçou que neste ano a festa foi vivida de forma mais simples, devido à pandemia.
O reitor lembrou também que neste dia, há 87 anos, Santa Dulce entrava no noviciado, e recebia o nome de Irmã Dulce: “Somos gratos a Deus, porque como dizia o poeta, ‘a gratidão é a memória do coração. Agradecemos a todos que fizeram acontecer esta primeira festa”.