Celebração do nascimento de Jesus é oportunidade encontrada por famílias para fortalecerem o sentimento de união e perdão
Julia Beck
Da redação
Seja em torno da mesa, para uma ceia, um almoço ou troca de presentes, milhares de famílias se reúnem para celebrar o Natal e festejar, além do nascimento de Jesus, a unidade familiar. A confraternização da família da estudante Mariana Lombardi, do estudante Igor Rosa e da empresária Mariana Souza, é uma tradição cultivada pelas avós e reconhecida por filhos e netos como um momento único que merece ser revivido todos os anos. “Estar todos juntos, esquecendo das diferenças é o maior ponto positivo. Devemos cultivá-lo para que nunca se perca esse espírito natalino, que deixa o mundo mais bonito”, opinou Mariana Lombardi.
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A estudante conta que o Natal é um momento de felicidade para sua família. Em suas recordações, Mariana revela só se lembrar das trocas de presentes no amigo-secreto, boas risadas e dos bons momentos natalinos tradicionalmente vividos na casa de sua tia-avó. “Passamos na casa da minha tia-avó, e eles se reúnem desde a época dos pais deles. Todas as minhas tias se reúnem para preparar a ceia, que será servida para as irmãs e irmãos da minha avó, primos mais velhos, primos mais novos, maridos e esposas dos primos. A minha avó preza muito pela união de toda a família”, comentou.
Priorizar a família. Este é, segundo o estudante Igor Rosa, o ensinamento passado a ele desde pequeno. Com uma família unida e que aproveita datas importantes para estarem juntos, como a celebração do Dia dos Pais e do Dia das Mães, o estudante conta que o Natal é a principal data celebrada por seus familiares. “Celebrar o Natal em família é muito bom, pois vemos no olhar de cada um a alegria de servir e agradar ao outro, vejo isso desde meus primos pequenos até a minha avó com 81 anos. Isso não tem preço, devemos cultivar, pois vemos a celebração da vida nesses momentos. A família vai ficando cada vez mais unida”, revelou.
Além da solenidade do Natal, a família do estudante tem mais motivos para festejar no dia 25 de dezembro: “É aniversário da minha avó!”, conta Igor. Desde que nasceu, o jovem conta que seus Natais costumam seguir o mesmo cronograma: participa da Santa Missa no dia 24 de dezembro, depois participa da ceia na casa de sua avó, e no dia 25 de dezembro todos retornam para também comemorarem o aniversário da matriarca:“A família é bem grande e a minha avó adora ver a casa lotada, assim todos os filhos e netos dela se encontram e nunca falta ninguém!”
“O Natal representa esperança, união, compaixão entre as pessoas. Sinto que todos ficam sensibilizados pelo nascimento de Jesus”, afirmou a empresária Mariana Souza que contou aproveitar a data para realizar um momento de reflexão daquilo que fez ou não fez durante o ano, de se perdoar e perdoar o outro, e, se abrir para o novo. “É um momento contagiante de coisas boas e positivas”, sublinhou. Segundo Mariana Souza, seu Natal é sempre repleto da presença dos familiares, que somam um total de 30 pessoas, entre eles seus pais, irmãos, avô, tios, primos e sobrinhos.
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A iniciativa de união da família, partiu de sua avó, e é considerada por Mariana como muito forte, capaz de manter a família unida no Natal, mesmo diante do falecimento há dois anos da matriarca e principal incentivadora da confraternização. “Minha avó materna sempre fez muita questão de todos estarem juntos. Desde que eu me conheço por gente, é celebrado o Natal desta forma, apesar de todos os desafios que temos ao longo do ano. Minha avó sempre fez questão, hoje ela não está mais entre nós, mas ela sempre fez muita questão de estarmos conservando esta celebração, estando juntos pelo menos uma vez ao ano. Hoje conservamos essa data com a presença do meu avô, mas também com o símbolo do legado que a minha avó deixou, o Natal tem muita a ver com a pessoa que ela foi para nós”, relata a empresária.
“É legal ver os irmãos se encontrando, contando coisas do passado, é muito bom saber um pouco daquela pessoa que a gente não tem tanto contato ao longo do ano”, recorda Mariana. Sobre o falecimento da avó, a empresária conta: “Ela ficou doente próximo ao Natal, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), e ficamos com uma incógnita de como seria, o que aconteceria. Refletimos e vimos a grandeza de quão importante é a união. Vejo que o Natal de 2016 foi muito difícil, mas também muito emocionante. Minha avó estava acamada, ligamos para ela do hospital e fizemos juntos uma oração. Ela ficou calma e dormiu tranquila. Vimos que tudo isso que ela sempre pregou funcionou e funciona. É uma data que quero sempre lutar para manter minha família unida. Foi uma herança da minha avó que é fundamental”, relembrou.
Para as famílias que têm o desejo de se unir no Natal, Mariana aconselha: “Devemos cultivar o sentimento de estar em família, unindo as antigas e novas gerações, e também nunca deixar de celebrar o nascimento de Jesus. Uma vida que traz infinitas reflexões para nós, que une lares, e traz esperança. É difícil reunir todos, mas é importante dar o primeiro passo porque aos poucos conseguimos contagiar a família. Eu aguardo sempre essa data para rever tios, primos, pessoas que não vejo há um tempo. É uma chance de sermos melhores, respeitarmos o outro. Família unida não tem preço”.