Membros da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia iniciaram projeções para 2018 e para o Sínodo 2019
Da redação, com CNBB
O presidente, os bispos e a assessora que integram a Comissão Episcopal Especial para a Amazônia se reuniram nesta terça-feira, 19, na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o desafio de fazer um balanço das ações em 2017 e projetar as ações de 2018, ano que antecederá a realização do Sínodo para a Pan-Amazônia, anunciado pelo Papa Francisco.
De acordo com o presidente da Comissão, Cardeal Cláudio Hummes, 2017 foi um ano com um programa muito intenso, com muitos encontros importantes para a Pan-Amazônia e não apenas da Amazônia brasileira. “Tivemos um contato muito especial com os bispos da África sobre a Rede da Bacia do Rio Congo. Eu pessoalmente avalio como um bom trabalho que a equipe fez e também de todas as pessoas que eles movimentaram, sobretudo dos seminários realizados sobre a Laudato Sí”, disse.
De acordo com o religioso, todo o trabalho desenvolvido tanto pela Comissão para a Amazônia, quanto pela Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), foram decisivos para sensibilizar o Papa para a decisão e o anúncio de um Sínodo especial dos bispos para 2019. “Desde sua eleição, como Papa, Francisco sempre apoiou o trabalho na Amazônia. Muito fortemente, explicitou, como no discurso que ele fez aos bispos brasileiros em 2013, na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro”, lembrou.
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O cardeal afirmou que há aproximadamente dois anos o Santo Padre já havia mencionado a ideia de um sínodo para a região e os bispos brasileiros, da Amazônia, haviam formalizado, em uma carta escrita no segundo encontro da Igreja Católica na região, o apoio à ideia. Tudo isto, de acordo com o cardeal Cláudio Hummes, fez com que o Pontífice finalmente anunciasse, diante de muita expectativas e esperança, o sínodo para 2019 que será realizado em Roma.
Além do balanço de 2017, a Comissão traçou a programação do ano que vem e as projeções para a preparação do Brasil para o Sínodo. “Estamos pensando em encontros para envolver e ouvir a base, conforme o desejo do Papa. O Papa deseja que a base fale, isto significa os mais retirados para dentro da floresta, os indígenas, os ribeirinhos, mas também todo povo da Amazônia”, disse.
O presidente da Comissão para a Amazônia disse que vai ser realizado um amplo processo de escuta para o conhecimento do que os povos da floresta, especialmente os indígenas, propõem, pensam e sonham em relação à Amazônia e a uma Igreja missionária naquela região.