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56ª Assembleia da CNBB: bispos enviarão carta ao Papa

Os bispos reunidos em Aparecida escreveram uma carta em que relatam os assuntos a serem debatidos

Thiago Coutinho, enviado a Aparecida (SP)

Da esq. para dir.: Dom Armando Bucciol, Cardeal Orani, Dom Darci Nicioli e Dom Pedro Brito Guimarães / Foto: Thiago Coutinho – CN

Ocorreu na tarde desta quinta-feira, 12, a segunda coletiva de imprensa da 56ª Assembleia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Os religiosos informaram o envio de uma carta ao Papa Francisco que relatará o dia a dia da reunião no Santuário Nacional, em Aparecida (SP).

O conteúdo da correspondência foi lido pelo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta. Embora composta em coletividade, a carta reflete o pensamento de cada um dos bispos reunidos. “Vivenciando o Ano do Laicato no Brasil, damos graças a Deus pela vida e missão dos fiéis leigos e leigas e a eles manifestamos nossa profunda gratidão por serem autênticos sujeitos da Igreja em saída a serviço do reino”, leu Dom Orani.

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Dom Pedro Brito Guimarães, atual arcebispo de Palmas (PI) e um dos integrantes da equipe de elaboração do texto, explicou como o trabalho está sendo realizado. “Estamos há mais de um ano trabalhando neste texto, feito em conjunto, em que todos colaboram e que tem o rosto da Igreja”, disse o bispo.

Liturgia

A liturgia será outro assunto a ser debatido até o fim desta 56ª Assembleia. O trabalho de revisão do textos é liderado há 11 anos por Dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA). Segundo o religioso, o propósito da comissão é unir a música à mensagem litúrgica.

“Estamos estudando um documento que ainda está sendo esboçado, para que a liturgia possa receber uma música e a música possa servir à liturgia de uma maneira mais adequada, coerente e fiel. Trata-se, antes de tudo, de ajudar a todos a compreender o sentido dos momentos diferentes do rito e os critérios para a escolha dos cantos”, explicou Dom Armando.

Durante a coletiva, o arcebispo de Livramento de Nossa Senhora pediu para que a liturgia seja aplicada da maneira correta nas celebrações. “Todos deveriam compreender uma coisa importante: ninguém na Igreja é dono da liturgia. Não somos donos, somos servidores. Também o Papa o é, primeiro. Portanto, não posso manipular a liturgia a meu bel prazer”, advertiu. “A liturgia é obra do Espírito e da Igreja ao longo dos séculos”, reiterou.

A 56ª Assembleia Geral dos Bispos ocorre até o dia 20 de abril e reúne mais de 300 bispos de todo o país. O tema central desse encontro é “Diretrizes para a Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil”.

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