Encontro com embaixadores

Papa pede aos governos mais solidariedade e apoio aos jovens

O Papa Bento XVI recebeu em audiência na manhã desta quinta-feira, 15, os embaixadores de Trinidad e Tobago, Guiné Bissau, Suíça, Burundi, Tailândia, Paquistão, Moçambique, Quirguistão, Andorra, Sri Lanka e Burkina Faso, que apresentaram suas cartas credenciais. Em seu discurso, o Pontífice pediu aos governos mais apoio às novas gerações que sofrem com o desemprego.

Para o Santo Padre, a globalização deve ser vista como uma “vantagem” não como uma ameaça, mas é necessário que uns trabalhem para os outros.

“Nós somos todos responsáveis por todos e é importante ter uma concepção positiva da solidariedade”, afirmou o Papa acrescentando que é por meio do desenvolvimento integral que a sociedade pode avançar..

A solidariedade, observou o Papa, encontra sua raiz natural na família que sustenta a sociedade em sua missão essencial.

“Neste aspecto, encorajo cada um, em qualquer que seja seu nível de responsabilidade e em cada governo, a investir nos meios necessários para dar à juventude as bases éticas fundamentais, ajudando-a especialmente em sua formação e na luta contra os males sociais como o desemprego, a droga, a criminalidade e ainda a falta de respeito entre as pessoas”, enfatizou.

Bento XVI, preocupado com as gerações futuras, destacou a importância do entendimento da percepção do ser humano em sua unidade. Para ele, as diferentes culturas e religiões não se opõe na busca comum daquilo que é verdadeiro, bom e belo.

“Iluminada e sustentada pela Revelação, a Igreja encoraja os homens a confiar na razão que, purificada pela fé, é capaz de deixar de lado as condições particulares e reconhecer os bens universais, como a paz, a harmonia social e religiosa, os quais todos os homens necessitam”, salientou.

O Papa ressaltou que os países precisam de uma mobilização inteligente e criativa para combater a pobreza e usar de modo mais eficaz os recursos energéticos disponíveis. Segundo Bento XVI, os políticos, e todas as pessoas em geral, devem se empenhar mais e dar mais atenção para a proteção de toda criação.

"É necessária uma vigilância eficaz que respeite e promova a dignidade humana contra qualquer tentativa de negá-la e instrumentalizá-la. Essa é uma questão que diz respeito não só às religiões, mas também aos Estados, que são chamados a proteger a primazia do espírito", salientou.

O Pontífice pediu ainda por uma política cultural que favoreça o acesso de todos aos bens espirituais, que valorize a riqueza social e que jamais desencoraje o homem na sua busca por liberdade na dimensão espiritual.

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