Virgindade e martírio

Papa abençoa cordeiro na tradiconal festa de Santa Inês

Seguindo uma centenária tradição, Bento XVI abençou hoje dois cordeiros brancos na memória litúrgica de Santa Inês. Um dos cordeiros vai enfeitado com flores brancas, símbolo da virgindade da Santa, e outro com flores vermelhas, símbolo do seu martírio.

Santa Inês, cujo nome latino, Agnes, se associa à palavra em Latim para cordeiro, agnus, está enterrada na basílica a ela dedicada, na Via Nomentana em Roma, e é para lá que são levados os cordeiros após a bênção papal.

A lã dos animais será empregue na confecção dos pálios (faixa de lã branca com cruzes pretas de seda) que são envergados pelo Papa e os Arcebispos Metropolitanos nas suas Igrejas e nas da sua Província eclesiástica. Trata-se de uma insígnia litúrgica de “honra e jurisdição” que é abençoada pelo Papa na solenidade de São Pedro e São Paulo, a 29 de Junho.

O Papa São Dâmaso escreveu sobre Santa Inês, exaltando-lhe as virtudes e propondo-a como modelo para as jovens cristãs de todos tempos.

Santa Inês

Santa Inês, uma mulher que sofreu duplo martírio: o da castidade e o da fé. O nome de Inês deriva de uma palavra grega que significa "casta". Seu nome, com todo seu significado, tornou-se uma profecia e um programa de vida.

Da maneira que é hoje, a castidade, pureza e a virgindade, no começo da Igreja, também era um desafio, um ato heróico. Agora sem dúvida, dentre tantas mártires, foi Santa Inês uma das maiores que, educada em família profundamente cristã, viveu com a graça de Deus, sua afetividade e sexualidade de um modo santo.

Conforme fontes seguras, Santa Inês tinha apenas treze anos, quando estourou a perseguição de Diocleciano contra os cristãos. Devido sua beleza interior e exterior, atraiu os olhares até do filho do prefeito de Roma, que a entregou como Cristã, ao imperador.

Santa Inês entrou no céu como mártir em 304. No início quiseram diálogo, depois foi presa, torturada e arrastada para adorar um ídolo, além de ser jogada numa zona de prostituição, onde nada aconteceu, pois: "Jesus Cristo vela sobre a vida e a pureza… Ele é meu defensor e abrigo. Podes derramar o meu sangue, nunca, porém, conseguirás profanar o meu corpo, que é consagrado a Cristo!"

Santa Inês, rogai por nós!

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