Igreja é contra mostra de arte

A Conferência Episcopal Chilena publicou uma declaração na qual lamenta a próxima exibição de uma mostra que, reclamando-se “artística”, exibirá fetos falecidos em abortos.

A polêmica mostra será apresentada no Centro de Arte a Perrera na Cidade de Santiago e é denominada “Primeira clonagem à chilena”.

Segundo os bispos, “sua característica principal é que inclui fetos entre três e cinco meses de desenvolvimento, conservados em formol e rotulados ‘envasados no Chile’”.

Os bispos esclareceram que a arte está “chamada a extrair o mais nobre do espírito humano e concretizá-los nas categorias espaço – temporais com o propósito de embelezar o mundo” e “neste caso, não estamos frente a uma manifestação artística mas sim a um ato pseudoartístico que fere o sentimento de respeito que evoca um não nascido, e que está tão arraigado em nosso país”.

Não obstante, precisaram que “não se pode argumentar o direito à livre expressão para realizar este tipo de atos que desumanizam. A liberdade deve ser entendida como uma grande possibilidade que possui o ser humano para optar pelo bem à luz da verdade que é capaz de descobrir pela razão. Aqui não se percebe nenhum bem, ao contrário, pauperiza-se o ser humano e sua dignidade, além de violar a lei”.

Os bispos indicaram que a exposição é muito discutível “desde o ponto de vista moral” desde quem realiza a “exposição” “diz que obteve algum dos fetos de modo mais ou menos lícito e de outros modos que não são tão lícitos”. “Isto é muito grave. No Chile o aborto é um crime penalizado pela lei, e em caso de que os fetos tenham sido obtidos frutos dos abortos provocados, que os expõe se faz cúmplice material e formalmente deste crime, e terá que responder perante a autoridade correspondente”, disseram.

Além disso, precisaram que desde o ponto de vista ético, “mostrar fetos humanos falecidos com a única intenção de provocar, é muito questionável”. Um feto falecido não pode “ser tratado como uma coisa. Coisificar um feto que não viu a luz, é um modo muito desumano de tratar uma realidade que merece ser tratada com respeito”.

“Este fato é a mostra mais fragrante de que se tem introduzido em nossa sociedade uma verdadeira cultura da morte, onde a vida humana é banalizada a tal ponto de ser motivo de uma exposição sem nenhum fim além do de provocar”, os bispos insistiram e pediram aos chilenos, fiéis e não fiéis, a rejeitar “do modo mais enérgico este tipo de manifestação e todos nos coloquemos a trabalhar por uma sociedade onde a vida seja respeitada e os motivos de respeito e não de instrumentalização”.

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