O uso de medicamentos sem acompanhamento médico ou o abandono do tratamento aos primeiros sinais de melhora estão entre as principais causas das proliferações bacterianas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), se não houver um controle rigoroso da utilização de antibióticos a população poderá ficar sem defesa contra as bactérias que causam infecções.
Essas práticas comuns de uso incorreto dos antibióticos fortalecem as bactérias colocando não só o paciente mais toda a população em risco, tornando os antibióticos disponíveis no mercado ineficientes.
"As 'superbactérias' são organismos vivos que adquiriram resistências aos antibióticos. O uso inadequado dos antibióticos – sem critério, em dose, período, ou com indicação incorreta – acelera os mecanismos de defesa das bactérias, perdendo a eficiência do medicamento", explica o diretor do Conselho Regional de Farmárcia de São Paulo (CRF-SP), Pedro Menegasso.
O recente surto de infecções bacterianas foram provocados pela Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC), uma enzima que funciona como novo mecanismo de resistência em algumas bactérias.
Em razão disso, o CRF-SP tem realizado diversas ações como a distribuição de folders explicativos em parques e pedágios afim de conscientizar a população para o uso racional dos antibióticos, além de palestras para os profissionais prescritores e farmacêuticos.
A mensagem da campanha do CRF-SP quer deixar para a população é que o uso de antibióticos deve ser feito apenas com receita médica e sob orientação do farmacêutico, e ao usá-lo de forma incorreta ou desnecessária prejudica o paciente e torna toda a população indefesa contra infecções bacterianas. "Por exemplo, se deixamos de tomar o medicamento na dose certa, não matamos todas as bactérias, e as que sobrevivem se proliferam e se fortalecem”, esclarece Dr. Pedro Menegasso.
O diretor do CRF-SP ressalta ainda que a farmácia não é um comércio comum, e não pode ser tratado com banalidade, destacando que a presença de um farmacêutico é obrigatória em todas as farmácias para que o paciente tenha a orientação correta sobre o uso do medicamento e saiba sua procedência.
Leia mais:
.: Anvisa discute medidas contra superbactéria KPC
.: Registrado casos de infecção pela superbactéria KPC em SP e Paraná
Siga o Canção Nova Notícias no twitter.com/cnnoticias
Conteúdo acessível também pelo iPhone – iphone.cancaonova.com