Catequese

Papa na catequese: quem ignora o sofrimento do homem ignora Deus

Papa utilizou a parábola do Bom Samaritano para falar aos fiéis a necessidade de ajudar quem precisa

Da Redação, com Rádio Vaticano

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Francisco explica aos fiéis parábola do Bom Samaritano / Foto: Reprodução CTV

A Parábola do Bom Samaritano foi o foco da catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 27, com mais de 25 mil fiéis de Roma e de todo o mundo.

Francisco resumiu aos fiéis a parábola: um homem, viajando no caminho entre Jerusalém e Jericó, foi interceptado por bandidos que o roubaram e o agrediram. Um sacerdote, um levita e um samaritano passaram por ali. O sacerdote e o levita eram religiosos, conheciam a Palavra de Deus, mas ignoraram o homem que acabava de ser assaltado e agredido. A ajuda veio do samaritano, um judeu cismático, visto como estrangeiro, pagão e impuro.

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Conhecer a Bíblia não significa saber amar

“O primeiro ensinamento na parábola é este: não é automático que quem frequenta a casa de Deus e conhece a sua misericórdia sabe amar o próximo. Você pode conhecer toda a Bíblia, toda a teologia, mas o amor… vai por outro caminho! Diante do sofrimento de tanta gente que sofre fome, violência e injustiças, não podemos ser meros espectadores. Ignorar o sofrimento do homem significa ignorar Deus!”, frisou o Papa.

Francisco destacou que o centro da parábola é o samaritano, homem desprezado e que tinha seus afazeres, mas teve compaixão e fez de tudo para ajudar o homem necessitado. “Esta é a diferença. Os outros dois viram, mas seus corações ficaram impassíveis enquanto o coração do bom samaritano estava ‘sintonizado’ com o coração de Deus. Em seus gestos e ações, identificamos o agir misericordioso de Deus: é a mesma compaixão com que o Senhor vem ao encontro de cada um de nós.

O samaritano doou-se completamente ao homem que necessitava, empregando cuidado, tempo e até dinheiro. Segundo o Papa, isso ensina que a compaixão e o amor não são meros sentimentos vagos, mas significam cuidar do outro, comprometer-se, identificar-se com ele. “Amarás o próximo como a ti mesmo”, é o mandamento do Senhor, recordou o Papa.

“Não devemos classificar os outros e ver quem é próximo e quem não o é. Podemos nos tornar próximos de quem quer que esteja em necessidade, e o seremos se tivermos compaixão em nosso coração”.

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