Intervenção na ONU

Santa Sé defende proteção aos jornalistas em áreas de guerra

Dom Bernardito Auza participou do Conselho de Segurança da ONU dedicado à proteção dos jornalistas em situação de conflitos; arcebispo destacou importância desses profissionais

Da Redação, com Rádio Vaticano

A realidade dos jornalistas mortos ou aprisionados em áreas de conflitos preocupa a Santa Sé. Nesta quarta-feira, 27, o observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Berdardito Auza, participou de um debate, em Nova Iorque, do Conselho de Segurança das Nações Unidas dedicado à proteção dos jornalistas em situações de conflito.

Só entre 2014 e 2015, foram 94 jornalistas mortos e 337 que perderam a liberdade enquanto trabalhavam em áreas de conflito. Na discussão de ontem, Dom Auza recordou a contribuição que esses profissionais dão ao mundo bem como a importância da informação, que é um dos principais instrumentos da participação democrática.

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O observador da Santa Sé na ONU reconheceu que a comunidade internacional já tem alguns instrumentos para proteger os repórteres de guerra, como a Convenção de Genebra e seus protocolos adicionais. Mas isso não é suficiente, já que em 90% dos casos o assassinato dos jornalistas acontecem sem motivo e menos de 5% dos culpados foram presos ou processados.

Dom Auza não deixou de observar o papel que cabe também aos jornalistas: respeitar os valores culturais e religiosos da população envolvida na guerra. “Enquanto a falta de informação objetiva é um desserviço à verdade e pode colocar em risco as vidas e as políticas de um país, a falta de respeito pela cultura e a religião pode exacerbar o próprio conflito”.

A intervenção do religioso foi concluída com um apelo para que o grito das vítimas dos conflitos possa ser ouvido e a voz de quem deseja a paz possa ter eco. “É preciso trabalhar todos juntos para banir as guerras e os conflitos, a fim de que ninguém nunca precise arriscar a vida e a integridade física”.

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