Competidores precisaram deixar seus países de origem, e hoje formam as equipes dos Comitês Olímpico e Paralímpico Internacionais em Paris 2024
Da Redação, com agências

Vila dos Atletas, localizada no distrito de Saint-Denis, em Paris / Foto: Benoit Tessier – Reuters
A poucos dias para a Cerimônia de Abertura das Olimpíadas de Paris 2024, a expectativa pelo início dos Jogos está cada vez maior. Competidores de todo o planeta representarão suas nações nas disputas esportivas, que também contarão com a participação de uma equipe formada por refugiados. Serão 36 atletas olímpicos e oito paralímpicos (além de um corredor guia) a representar mais de 100 milhões de deslocados espalhados pelo mundo.
Equipe Olímpica de Refugiados

Emblema da Equipe Olímpica de Refugiados / Foto: Reprodução
Nas Olimpíadas, realizandas entre 26 de julho e 11 de agosto, a Equipe Olímpica de Refugiados do COI competirá em 12 modalidades. Os atletas vêm de 11 países distintos e estão atualmente acolhidos por 15 Comitês Olímpicos Nacionais diferentes. Esta será a terceira aparição do time nos Jogos Olímpicos — a primeira vez foram no Rio de Janeiro, em 2016.
Durante o anúncio realizado na Casa Olímpica em Lausanne, na Suíça, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, expressou que estes competidores são recebidos de braços abertos “e um enriquecimento para nossa Comunidade Olímpica e para nossas sociedades”.
Confira a seguir a lista de atletas olímpicos refugiados, seus países de origem, os comitês que os acolhem e os esportes em que competirão:
- Farida Abaroge (feminino, Etiópia, França, atletismo)
 - Omid Ahmadisafa (masculino, Irã, Alemanha, boxe)
 - Yahya Al Ghotany (masculino, Síria, Jordânia, taekwondo)
 - Mohammad Amin Alsalami (masculino, Síria, Alemanha, atletismo)
 - Amir Ansari (masculino, Afeganistão, Suécia, ciclismo de estrada)
 - Sibghatullah Arab (masculino, Afeganistão, Alemanha, judô)
 - Matin Balsini (masculino, Irã, Grã-Bretanha, natação)
 - Mahboubeh Barbari Zharfi (feminino, Irã, Alemanha, judô)
 - Edilio Francisco Centeno Nieves (masculino, Venezuela, México, tiro esportivo)
 - Muna Dahouk (feminino, Síria, Países Baixos, judô)
 - Jamal Abdelmaji Eisa Mohammed (masculino, Sudão, Israel, atletismo)
 - Saeid Fazloula (masculino, Irã, Alemanha, canoagem velocidade)
 - Tachlowini Gabriyesos (masculino, Eritreia, Israel, atletismo)
 - Eyeru Gebru (feminino, Etiópia, França, ciclismo de estrada)
 - Yekta Jamali Galeh (feminino, Irã, Alemanha, levantamento de peso)
 - Fernando Dayán Jorge Enríquez (masculino, Cuba, Estados Unidos, canoagem velocidade)
 - Dorian Keletela (masculino, Congo, França, atletismo)
 - Adnan Khankan (masculino, Síria, Alemanha, judô)
 - Perina Lokure (feminino, Sudão do Sul, Quênia, atletismo)
 - Iman Mahdavi (masculino, Irã, Itália, luta livre)
 - Farzad Mansouri (masculino, Afeganistão, Grã-Bretanha, taekwondo)
 - Alaa Maso (masculino, Síria, Alemanha, natação)
 - Kasra Mehdipournejad (masculino, Irã, Alemanha, taekwondo)
 - Cindy Ngamba (feminino, Camarões, Grã-Bretanha, boxe)
 - Dina Pouryounes Langeroudi (feminino, Irã, Países Baixos, taekwondo)
 - Mohammad Rashnonezhad (masculino, Irã, Países Baixos, judô)
 - Amir Rezanejad (masculino, Irã, Alemanha, canoagem slalom)
 - Ramiro Mora Romero (masculino, Cuba, Grã-Bretanha, levantamento de peso)
 - Nigara Shaheen (feminino, Afeganistão, Canadá, judô)
 - Luna Solomon (feminino, Eritreia, Suíça, tiro esportivo)
 - Saman Soltani (feminino, Irã, Áustria, canoagem velocidade)
 - Musa Suliman (masculino, Sudão, Suíça, atletismo)
 - Manizha Talash (feminino, Afeganistão, Espanha, breaking)
 - Hadi Tiranvalipour (masculino, Irã, Itália, taekwondo)
 - Jamal Valizadeh (masculino, Irã, França, luta greco-romana)
 - Dorsa Yavarivafa (feminino, Irã, Grã-Bretanha, badminton)
 
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Equipe Paralímpica de Refugiados

Emblema da Equipe Paralímpica de Refugiados / Foto: Reprodução
Já nas Paralimpíadas, realizada entre 28 de agosto e 8 de setembro, os atletas competirão em seis modalidades diferentes. Eles são de cinco países de origem diferentes, e foram acolhidos por outras seis nações.
O presidente do Comitê Paralímpico Internacional (CPI), Andrew Parsons, destaca que, embora “todos os atletas paralímpicos demonstrem uma resiliência incrível, as histórias de refugiados que sobreviveram à guerra e à perseguição são extraordinárias”.
Confira a seguir a lista de atletas paralímpicos refugiados, seus países de origem, os comitês que os acolhem e os esportes em que competirão:
- Zakia Khudadadi (feminino, Afeganistão, França, taekwondo)
 - Ibrahim Al Hussein (masculino, Síria, Grécia, triatlo)
 - Salman Abbariki (masculino, Irã, Alemanha, atletismo)
 - Hadi Darvish (masculino, Irã, Alemanha, levantamento de peso)
 - Sayed Amir Hossein Hosseini Pour (masculino, Irã, Alemanha, tênis de mesa)
 - Amelio Castro Grueso (masculino, Colômbia, Itália, esgrima)
 - Hadi Hassanzada (masculino, Afeganistão, Áustria, taekwondo)
 - Guillaume Junior Atangana* (masculino, Camarões, Grã-Bretanha, atletismo)
 
* Durante a disputa, Atangana correrá com o seu guia, o também camaronês e refugiado Donard Ndim Nyamjua.
					



