Nesta quarta-feira, 29, na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI realizou sua catequese e falou sobre o patriarca e Bispo Germano de Constantinopla, São Germano, que viveu entre os anos 610 e 733. O santo era conhecido principalmente porque defendia a devoção dos ícones e imagens sacras da campanha iconoclasta do Imperador de Bizâncio Leão III.
Não conseguindo deter o movimento contrário à veneração de imagens do imperador bizantino, em 730, se viu forçado a renunciar e a viver como recluso em um mosteiro, onde morreu, desprezado por todos.
“Sua memória, porém, não foi esquecida. Em 787, se realizou o II Concílio de Nicéia, cujo tema foi a legitimidade da veneração de imagens cristãs. Seus méritos foram reconhecidos, a tradição da devoção, recuperada, e seu nome, honrado", declarou o Santo Padre.
Germano é recordado também por seu esmero na retórica da pregação, uma característica da tradição bizantina. Para ele, a beleza dos hinos, composições poéticas e homilias era tão importantes na Liturgia como os locais de celebração. A ele, devemos obras que marcaram a piedade popular ao longo de séculos, no Oriente e no Ocidente, e que, ainda hoje, representam tesouros de espiritualidade. Alguns de seus textos sobre a Santíssima Virgem Maria e o mistério da Igreja são particularmente famosos.
Em suas saudações finais, o Papa lembrou que nesta quarta-feira, a Igreja recorda Santa Catarina de Sena, padroeira da Itália, e proferiu algumas palavras em português:
"Amados peregrinos de língua portuguesa, uma saudação afetuosa para todos, especialmente para os grupos do Brasil e de Portugal! Que a vossa amorosa adesão a Cristo e à Sua Igreja cresça ao professardes a fé nestes lugares santificados pelo testemunho dos Apóstolos Pedro e Paulo, que serviram Cristo e amaram a Igreja até ao martírio. A todos sirva de estímulo e conforto a bênção que vos dou, aos vossos familiares e comunidades eclesiais".
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