Direitos humanos

ONU pede que governantes ajam com firmeza contra o tráfico humano

Nesta segunda-feira, 30, celebra-se o Dia Mundial Contra o Tráfico Humano

Da redação, com ONU

Nesta segunda-feira, 30, é celebrado o Dia Mundial Contra o Tráfico Humano. A Organização das Nações Unidas (ONU) pede que os governantes do mundo todo ajam com firmeza contra o tráfico humano ― cujas vítimas podem ser migrantes, refugiados e pessoas que procuram por asilo e que deixaram seus países de origem por motivos diversos como conflito, desastre natural, perseguição ou pobreza extrema.

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“Eles deixaram para trás sua rede de proteção social, e estão particularmente vulneráveis ao tráfico e à exploração”, alerta Maria Grazia Giammarinaro, relatora especial na ONU sobre o tráfico de pessoas.

De acordo com a Organização Internacional para Migração (OIM), as mulheres sofrem mais com o tráfico humano em regiões fronteiriças do que os homens (84% dos casos contra 73% dos homens). Os adultos também são as maiores vítimas do tráfico em regiões fronteiriças do que as crianças (80% dos casos contra 56% das crianças). Algumas das vítimas viajam com documentos falsos (9% dos casos), enquanto outras sequer têm documentos (23%). A OIM fez o cálculo destes números baseados nos últimos dez anos, totalizando 8 mil vítimas nestas viagens.

Ainda segundo a OIM, dois terços das vítimas são exploradas em algum ponto durante esta jornada, o que significa que sofreram algum tipo de abuso ou alguma forma de exploração, enquanto um terço destas pessoas ainda não sabem que estão sendo traficadas e que não estão sendo levadas para outro país a fim de conseguirem novas oportunidades que lhes foram prometidas.

Além de todos os planos de proteção internacional, para a relatora especial da ONU os governantes deveriam criar mecanismos individuais para contabilizar a vulnerabilidade dos migrantes e providenciar-lhes proteções personalizadas.

Por fim, a relatora especial da ONU declarou que a inclusão é a palavra-chave para este Dia Internacional Contra o Tráfico Humano. “Minha mensagem é esta: mesmo em tempos difíceis, inclusão e não à exclusão é a resposta”, assegurou.

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