Guerra síria

ONG afirma que 511 mil pessoas já foram mortas na revolução síria

Entidade afirma que os sírios são vítimas da hipocrisia da comunidade internacional

Da redação, com OSDH

De acordo com a OSDH, mais de 511 mil pessoas já morreram na guerra civil na Síria / Foto: Arquivo – ONU

De acordo com o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos (OSDH), organização não-governamental (ONG), 511 mil pessoas já foram mortas desde que a Revolução Síria teve início, em meados de 2011.

A entidade afirma que 85% das vítimas foram mortas pelas forças do regime de Bassar Al-Assad e seus aliados russos, iranianos, Hezbollah, milicianos locais e não-sírios. Segundo a OSDH, os sírios ainda são vítimas da hipocrisia da comunidade internacional, pois nem al-Assad prestou atenção às demandas do povo sírio ― que clama por igualdade e democracia ― e nem a comunidade internacional escuta os gritos de sofrimento dos sem-teto e dos moradores deslocados.

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Com a chegada do sétimo aniversário da Revolução Síria, as forças do regime do governo de al-Assad tomaram controle de 57% da área geográfica da Síria (cerca de 106 mil quilômetros quadrados). As Forças Democráticas da Síria ficaram no controle de 49 mil quilômetros quadrados, ou 26,8%. Por fim, as facções Islâmicas e a Hayyaat Tahrir al-Sham (ou a Al-Qaeda na Síria) ficaram com 12,7% do território.

Todas essas mudanças, porém, foram acompanhadas de ataques aéreos perpetrados pelo regime do governo, pela Rússia, pela Coalizão Internacional e as forças turcas. Ainda houve ataques com artilharias e foguetes, execuções, tortura em centros de detenção, os atiradores profissionais e atiradores não-identificados o que resultou numa escalada nas mortes.

Somente nas incursões de aviões de guerra do regime de al-Assad, o OSDH contabilizou 25.151 vítimas civis, sendo 16.076 homens, 5510 crianças com idade inferior a dezoito anos e 3565 mulheres cidadãs com mais de dezoito anos.

O marco inicial da Revolução Síria aconteceu em março de 2011, quando alguns adolescentes pintaram um muro de uma escola na cidade de Deera, que fica ao sul do país. Eles foram presos e torturados pelas forças de segurança. Este fato levou a população às ruas, quando protestaram inspirados na Primavera Árabe. As forças de segurança sírias atiraram contra os ativistas ― que pediam a saída de al-Assad.

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