Jornalismo

No Dia do Repórter, conheça histórias e experiências desses profissionais

No dia em que é celebrado o Dia Nacional do Repórter, profissionais relatam suas histórias, perspectivas e experiências

Huanna Cruz
Da Redação

Repórter / Foto: Messias Junqueira

No dia 16 de fevereiro é celebrado o Dia Nacional do Repórter. Esse cargo, exercido por profissionais da comunicação, tem a função de investigar, pesquisar, entrevistar e produzir notícias e matérias para a TV, impresso, rádio e internet. Faça chuva ou faça sol, o repórter está sempre em alerta para levar as informações até a população.

“Ser repórter, na minha opinião, é antes de tudo, ser um apaixonado por notícias. É ser um apaixonado por contar histórias e ter a capacidade de retratá-las com honestidade. É ser um prestador de serviços para o público que necessita da informação tal como ela é”, afirma o gerente-geral do departamento de Jornalismo da Canção Nova, Marcelo Tel.

O jornalista Thiago Coutinho destaca ainda que ser repórter é ter a oportunidade de esclarecer assuntos e temas que não estão ao alcance das pessoas. “É trazer lucidez e sensatez a temas que não estão bem claro às pessoas. Num mundo em que redes sociais e as malfadadas fake news distorcem tanto a realidade, creio que a função do repórter que prima pelo trabalho feito de maneira correta se tornou indispensável”, relata.

A jornalista Fernanda Ribeiro enfatiza que a reportagem faz parte de sua essência como jornalista. Para ela, ser repórter é “cumprir o dever de estar perto do povo”. “O ofício é prazeroso, mas nem sempre é uma tarefa fácil. Exige esforço e compromisso com a verdade dos fatos. Mesmo assim eu diria que é uma experiência completa e recompensadora para todo o jornalista que tem esta oportunidade”, relata a profissional.

Escolha Profissional

“Nunca pensei em ser repórter de TV, por isso, eu diria que a reportagem me escolheu”, lembra Fernanda. Ela conta que seu objetivo profissional na época acadêmica era trabalhar com jornal impresso ou revista, mas tudo mudou após seu estágio nos dois últimos anos de faculdade:

“Tive a oportunidade de estagiar na produção do jornalismo Canção Nova em 2010 e 2011 e aprendi tudo o que sei de telejornalismo. Acabei me apaixonando por esta maneira de comunicar e, mais ainda, pela linha editorial da emissora: ‘a serviço da vida e da esperança’. Em 2012, ainda como produtora, tive o privilégio de gravar as minhas primeiras matérias para a TV. Foi assim que a reportagem me escolheu. Na necessidade do Departamento em 2013, assumi a função de repórter e me mantive neste ofício por dez anos. A relevância da minha profissão está em manter um compromisso com a verdade, em dar voz às minorias e, sobretudo, contribuir com a missão de evangelizar proposta pela Canção Nova”, afirma a jornalista .

Marcelo Tel / Foto: Arquivo

Marcelo Tel também afirma que foi escolhido pela profissão. “Mais da metade da minha vida foi vivida nos meios de comunicação, especialmente na TV. Então, fazer a escolha por ser jornalista está muito ligado ao ambiente que vivo ao longo desse tempo. Sem contar também, que é entender, como missionário, o caminho que o próprio Deus foi mostrando pra mim. Pessoalmente, a profissão me fez mais humano e empático”, conta.

“A minha escolha profissional nunca foi muito clara — sempre soube, porém, que trabalharia voltado à área de Humanas. Infelizmente, a idade em que temos que decidir por uma carreira é muito tenra. Aos 18 anos sabemos pouco sobre aquilo que gostamos ou temos afinidade. Mas, quando fui aprovado no vestibular e decidi estudar Jornalismo, senti que estava no caminho certo. Ser um jornalista é estar atento à sua realidade, não ser especialista em tudo, mas entender de tudo um pouco”, relata o jornalista Thiago.

O Gerente-Geral do departamento de Jornalismo da Canção Nova destaca que a função de repórter está dentro das muitas atribuições de um jornalista e lembra sua trajetória. “Na minha carreira como jornalista, tive também a oportunidade de atuar como repórter cinematográfico e depois por um período como repórter de rua. Estando na rua, em ambas as funções, as experiências são as mais variadas possíveis. É uma oportunidade de viver diversas experiências. Imaginem que são vários assuntos que o repórter acaba tendo contato ao longo da sua carreira. Mas as pautas que tratam das ‘dores da humanidade’ (fome, desemprego, doenças…) são as mais marcantes”, enfatiza.

Testemunho

Fernanda Ribeiro / Foto: Arquivo

Fernanda Ribeiro conta que atualmente trabalha como editora de texto, mas lembra de muitas experiências marcantes durante os dez anos de reportagem, exercida até 2023. “Poderia citar os depoimentos de conversão coletados no Santuário Nacional de Aparecida durante o especial ‘Aparecida 300 anos’, série de reportagens produzida em 2017. Outra experiência marcante foi o especial ‘Águas do Brasil’ de 2019, material finalista do prêmio da CNBB em 2021. Por fim, citaria outras duas experiências: a série sobre os 50 anos da RCC em 2017, quando tive o meu batismo no Espírito Santo e as minhas entrevistas com o Monsenhor Jonas Abib, momentos de emoção e acolhimento”.

Thiago já atua há 20 anos como jornalista e teve a oportunidade de trabalhar em diversos meios de comunicação (rádio, assessoria e internet). “Para mim, meu momento mais marcante foi receber um prêmio por um texto sobre amamentação materna. Foi um texto singelo, feito de maneira sutil e perspicaz. Também atuo na produção gráfica de livros e outros materiais impressos. Ter o primeiro livro, cuja revisão textual e produção gráfica passaram por mim em minhas mãos foi uma sensação incrível”, conta Thiago.

Ser repórter na Canção Nova

Thiago Coutinho/ Foto: Arquivo

Fernanda Ribeiro afirma que ser repórter na TV Canção Nova é assumir uma missão. “Eu sempre digo que o nosso microfone tem um peso a mais, porque temos que ser bons profissionais e manter o compromisso de levar vida e esperança às pessoas. As nossas matérias valorizam estes aspectos. Devemos ter um olhar diferenciado para a notícia. Enquanto as outras emissoras mostram o número de mortos em uma tragédia, nós falamos das pessoas que perderam a vida e da assistência oferecida às famílias das vítimas, seja com doações ou apoio espiritual. O nosso carro-chefe são as matérias religiosas, porque estamos a serviço da Igreja. Valorizamos a voz do Papa e os assuntos relevantes aos cristãos, sempre de uma maneira humanizada. Por isso eu diria que fazer jornalismo na TV Canção Nova é especial”.

“Ser repórter na Canção Nova contempla, ao mesmo tempo, um privilégio e uma grande responsabilidade. Privilégio pelo fato de ter consciência de saber para quem trabalhamos. Somos profissionais de Deus! Assim está descrito nos documentos internos da Canção Nova. A responsabilidade é ter consciência da instituição que você representa. Representar a Canção Nova como repórter é também representar a comunicação da Igreja”, explica Marcelo Tel.

“Na verdade, foi a Canção Nova quem me escolheu, costumo dizer quando ouço esta pergunta. Como jornalista, acredito que tenho que me portar como um camaleão e me adaptar ao meio em que decidi trabalhar — claro, este raciocínio é aplicado por mim guardada as devidas proporções. Mas, é interessante poder trabalhar num veículo que tem como premissa evangelizar e propagar a Palavra de Deus. É reconfortante saber que posso, por meio de palavras, acalentar o coração de alguém”, afirma Thiago.

 

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