Solidariedade

Nas Filipinas, segue mobilização após passagem do tufão Phanfone

Balanço de vítimas ainda é impreciso; população conta com solidariedade de organizações humanitárias

Da Redação, com Vatican News

Seguem, nas Filipinas, as ações de mobilização para ajudar a população atingida pelo tufão Phanfone nas festividades natalinas. O balanço de vítimas ainda é impreciso, mas se fala de dezenas de vítimas, entre mortos, desaparecidos e feridos.

As províncias de Lloilo, Capuz e Aklan são as mais atingidas por chuvas intensas e fortes ventos que chegaram a 200 quilômetros por hora. Centenas de casas foram destruídas e milhares de pessoas estão sem teto, enquanto o socorro custa a chegar a áreas necessitadas por causa do bloqueio dos transportes, sobretudo aéreos.

O tufão Phanphone nasceu como uma tempestade tropical e depois se tornou um tufão, recordando o devastador tufão Haiyan, um dos mais violentos da história e que, em 2013, nessa mesma época, deixou milhares de mortos nas Filipinas e destruição quase total em áreas do arquipélago. Desde então, a reconstrução seguiu determinados critérios de segurança, mas ainda há muitas casas de madeira ou chapa e foram justamente essas as que não resistiram à fúria do Phanphone.

Apesar das dificuldades do momento, o responsável pelas Filipinas da Caritas italiana, Matteo Amigoni, destaca a solidariedade das organizações humanitárias, com a Cáritas em primeiro plano. Ele conta que este tufão, no início, era uma depressão tropical, fenômeno normal neste período do ano. Mas quando tocou a terra, na noite de Natal, tornou-se um tufão, o que foi inesperado. “Efetivamente, as fotografias que estamos vendo, assim como os vídeos, mostram-nos chuvas, alagamentos e destruições. Esta é a hora em que se está entendendo realmente qual foi o impacto”.

Ainda são muitos os deslocados. Matteo revela que algumas pessoas estão voltando para suas casas para verificar qual é a situação; a comunicação está cortada em muitas áreas; as necessidades incluem alimentos, medicamentos e kits de higiene. “Estão trabalhando para arrumar as coisas mas a situação é difícil. Dentro da Igreja filipina já foi lançada uma coleta de fundos, mas ainda estão sendo calculados os danos para ver o que pode ser feito”.

Perguntado se é possível prevenir estes episódios que são recorrentes em uma área como as Filipinas, Matteo explica que, depois do tufão Haiyan, as casas foram reconstruídas de modo mais sólido, mas nem todos têm a possibilidade de construir uma casa forte. Em nível governamental, ele diz que há um bom controle, no sentido que são feitas previsões e há centros de evacuação; as pessoas que vivem nas áreas onde a emergência é maior são hospedadas nesses centros. “Mas sempre há a possibilidade de que haja danos e vítimas”.

Matteo Amigoni também citou como um alívio para a população as palavras do Papa Francisco no Angelus de ontem, festa de Santo Estêvão. Na ocasião, o Pontífice disse: “Uno-me à dor que se abateu sobre a querida população das Filipinas por causa do tufão Phanfone. Rezo pelas numerosas vítimas, feridos e por suas famílias. Convido todos a rezar comigo uma Ave Maria por este povo ao qual quero tanto bem”.

“Soube que as pessoas o ouviram e viram com alegria porque representa um grande sinal da proximidade da parte do Papa e de toda a Igreja por este período de dificuldade nas Filipinas”, afirmou Amigoni.

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