Detido

Na Alemanha, ex-presidente da Catalunha é preso

Carles Puigdemont foi detido pela polícia alemã neste domingo, 25, após cruzar a fronteira com a Dinamarca

Da redação, com Ansa

Carles Puigdmont, presidente destituído da Catalunha, preso neste domingo, 25 / Foto: Reprodução Reuters

O ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont foi detido pela polícia alemã neste domingo, 25, após cruzar a fronteira com a Dinamarca. De carro, Puigdemont seguia para a Bélgica, onde vive em autoexílio desde o fim do ano passado.

Segundo as autoridades do estado de Schleswig-Holstein, Puigdemont foi interceptado na cidade de Schuby, às 11h19 (horário local). O líder separatista é alvo de um novo mandado europeu de captura emitido pelo Tribunal Supremo da Espanha.

Puigdemont havia passado os últimos dias na Finlândia para uma conferência na Universidade de Helsinque e, de acordo com seu advogado, Jaume Alonso-Cuevillas, pretendia se entregar às autoridades da Bélgica. Após ter sido levado a uma delegacia, ele foi transferido à penitenciária de Neumunster.

A Justiça alemã deve decidir apenas nesta segunda-feira, 26, se Puigdemont permanecerá sob custódia durante a análise do processo de extradição. Segundo a imprensa catalã, a prisão do separatista na Alemanha complica sua situação jurídica, já que a legislação do país contempla os mesmos crimes que são atribuídos a ele pelo Ministério Público da Espanha, ao contrário do código penal da Bélgica.

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Além disso, a colaboração judiciária entre Madri e Berlim é uma das mais estreitas entre os Estados-membros da União Europeia. Deposto pelo governo da Espanha por causa da declaração unilateral de independência da Catalunha, em outubro passado, o ex-presidente da região se tornou réu na última sexta-feira, 23, por “rebelião” e pode pegar até 30 anos de cadeia ― outros 24 líderes separatistas também serão processados.

Em novembro passado, as autoridades judiciárias espanholas já haviam emitido uma ordem de prisão e extradição contra Puigdemont, que chegou a se entregar à polícia da Bélgica, mas o pedido acabou retirado um mês depois. À época, o juiz Pablo Llarena, do Tribunal Supremo, justificou a decisão com o argumento de que o ex-presidente e outros quatro ex-secretários catalães no exílio haviam demonstrado a intenção de voltar à Espanha por causa das eleições de dezembro, o que não ocorreu.

No pleito do fim do ano passado, os partidos separatistas conquistaram a maioria do Parlamento regional e indicaram Puigdemont para presidir novamente a comunidade autônoma. No entanto, ele não conseguiu assumir o cargo por causa da ordem de prisão que vigorava em território nacional.

Outros dois indicados posteriormente para governar a Catalunha, Jordi Sànchez e Jordi Turull, estão na cadeia e também serão processados.

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