Peregrinação Internacional

Mensagem de Fátima é atual e ajuda ler a história, diz Arcebispo

O Arcebispo de Volturno, preside em Fátima, Portugal, uma Peregrinação Internacional que celebra a quarta aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos

Da Redação, com Santuário de Fátima

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Dom Vicenzo Zani preside missa na Cova da Iria / Foto: Santuário de Fátima

O secretário da Congregação para a Educação Católica da Santa Sé, Dom Ângelo Vincenzo Zani, preside em Fátima, Portugal a Peregrinação Internacional que celebra a quarta aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos. A Peregrinação de agosto é dedicada aos migrantes e refugiados. A missa deste sábado, 13, reuniu na Cova da Iria mais de 60 mil peregrinos provenientes de 16 países.

Dom Vincenzo Zani afirmou durante a homilia que a mensagem deixada em Fátima por Nossa Senhora há cem anos não só permanece atual como pode nos ajudar a ler a história e a ver que é possível mudá-la a partir de dentro.

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O arcebispo destacou a importância da mensagem em um contexto “de Terceira Guerra Mundial em pedaços como refere o Papa Francisco”. Ele disse que como no passado o mundo sofre novos processos de mudança que questionam a religião e o papel da Igreja e a mensagem de Fátima pode dar a chave de leitura desses acontecimentos a partir de três atitudes.

A primeira é a de nunca virar as costas a Deus, mas procurar sempre a sua face e a sua presença. O arcebispo italiano se referiu ao clima de relativismo, positivismo e neo-paganismo e explicou que neste contexto o lugar de Deus é ocupado por novos ídolos e o homem parece conduzir a própria existência só no horizonte temporal e material.

A segunda atitude é a de olhar para os irmãos com os olhos de Deus, colaborando para curar as feridas causadas pelo mal e pelo pecado, especialmente nas relações entre as pessoas e os povos.

“Cada gesto de amor para com o próximo é um ato de reparação, porque é como reviver a lei pascal da morte para nós mesmos e de ressurreição em Cristo”.

E a terceira atitude é a de empenhar-se no mundo para construir a paz e a fraternidade entre todos os povos.

“É uma mensagem que nos projeta para a frente, na história, e ilumina os passos a realizar”, e lembrou que é através da oração, como Nossa Senhora recomendou aos pastorinhos, que o mundo pode construir a paz.

Ele explicou que tal como o Espírito Santo infundiu nos apóstolos uma nova energia que os projetou na missão de evangelização, assim também a oração ajuda o cristão a não se fechar em si mesmo, mas o anima a se abrir para fazer transbordar o amor de Deus na história.

“Converter o coração e a mente, através da oração e da penitência, significa começar a construir a paz dentro de cada um de nós, para despertar a consciência da nossa vocação a construir o bem. Rezar o Rosário pela paz, meditando os mistérios da nossa fé, como nos foi pedido pela Santíssima Virgem, é contemplar a história do mundo a partir da perspectiva de Deus”.

Mensagem do bispo de Leiria-Fátima

No final da celebração, o bispo de Leiria-Fátima, Dom António Marto, como é habitual, deixou uma mensagem a todos os peregrinos sublinhando a importância da “fraternidade e da comunhão”.

“Como é bom e belo ver os irmãos viverem unidos nesta peregrinação que é um mosaico de fraternidade, composto por pessoas vivas, que vêm de diferentes lugares, para se reencontrarem com alegria na casa da mãe”.

Dom António Marto deixou também palavras de solidariedade para as vítimas da onda de incêndios que atinge o país e para todos aqueles que até à exaustão física e psicológica lutam  para por fim aos fogos.

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