Última pregação do Advento

Frei Raniero indica o caminho para conservar a paz interior

O pregador do Papa, Frei Raniero Cantalamessa aponta o caminho para que o coração conserva a paz em todas as circunstâncias da vida

Da redação, com Rádio Vaticano

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Frei Raniero Cantalamessa / Foto: Arquivo

Em sua última pregação do Advento ao Papa Francisco e à Cúria Romana, Frei Raniero Cantalamessa afirmou que o meio mais eficaz para se conservar a paz no coração é a “repousar” na certeza de ser amado por Deus. A pregação aconteceu na Capela Redemptoris Mater, nesta sexta-feira, 19.

Padre Raniero disse que os carismas são distintos e é obra exclusiva do Espírito, que os concede a quem e quando quer, mas os frutos do Espírito, ao contrário, são “idênticos para todos”. Em outras palavras – explicou – nem todos na Igreja podem ser apóstolos e profetas, mas todos “podem e devem ser caridosos, pacientes, humildes, pacíficos” e assim por diante. Portanto, a paz, fruto do Espírito, indica a condição, segundo o pregador da Casa Pontifícia, o estado de alma e o estilo de vida de quem, “mediante esforço e vigilância, atingiu uma certa pacificação interior”.

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.: 1ª pregação do Frei Raniero Cantalamessa no Advento
.: 2ª pregação do Frei Raniero Cantalamessa no Advento 

Referindo-se à paz que espera os filhos de Deus no céu, disse: “naquela paz não é necessário que a razão domine os impulsos porque não existirão, mas Deus dominará o homem, a alma espiritual, o corpo e será tão grande a serenidade e a disponibilidade à submissão, quão grande é a delícia de viver e dominar. E então, em todos e em cada um, esta condição será eterna e se terá a certeza de que é eterna e por isto a paz de tal felicidade, ou seja, a felicidade de tal paz, será o sumo bem”.

O pregador também explicou que o Espírito Santo não é a recompensa aos esforços de mortificação, mas Aquele que os torna possíveis e frutuosos; não estando somente no final, mas também no início do processo. “Neste sentido se diz que a paz é fruto do espírito; ela é o resultado do nosso esforço, tornado possível pelo Espírito de Cristo. Uma mortificação voluntária e muito confiante de si mesma pode tornar-se – e se torna frequentemente – também ela uma obra da carne”.

Recordando Santa Teresa de Ávila, o Padre Cantalamessa dizendo que a religiosa, “deixou uma espécie de testamento, que é útil repetir cada vez que temos necessidade de reencontrar a paz do coração”:

“Nada te turbe, nada te espante, tudo passa, Deus não muda; a paciência tudo pode; a quem tem Deus nada falta. Só Deus basta”.

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