Áreas de fronteira entre Nigéria, Camarões e Chade vivem uma verdadeira guerra contra o Boko Haram, grupo extremista que aterroriza a região
Da Redação, com Rádio Vaticano
Na Nigéria, o exército libertou 200 meninas e 93 mulheres na floresta Sambisa, raptadas pelo Boko Haram. Os integralistas islâmicos perto do lago Chade mataram 46 soldados e 28 civis. Enquanto isso, do norte de Camarões chega a denúncia de Dom Bruno Ateba, bispo da diocese de Maroua-Mokolo, que reitera: “A extrema pobreza da zona é um imenso reservatório para novos guerrilheiros”.
É uma verdadeira guerra aquela que se combate contra o Boko Haram nas áreas de fronteira entre Nigéria, Camarões e Chade. Milhares de soldados camaroneses protegem as fronteiras desde quando o Boko Haram as atravessaram, atacando o norte do país.
Recordam-se os sete turistas franceses, os dois sacerdotes italianos, a irmã canadense e os dez trabalhadores chineses tomados como reféns pelos guerrilheiros e depois libertados todos, entre 2013 e 2014. Se em um primeiro momento estavam na mira sobretudo os estrangeiros, no último ano, em vez disso, são os próprios camaroneses das vilas do norte a sofrer as represálias dos jihadistas: igrejas queimadas, moradias destruídas, mulheres violentadas ou mortas.
A desocupação e a pobreza do “Extremo Norte”, como é chamada essa região, que é a mais seca e quente do país, infelizmente não ajudam. “Do ponto de vista militar, a situação está se acalmando. Esperamos, porém, que não se trate de uma reorganização dos fundamentalistas sobre novas estruturas políticas nigerianas e sobre novas possíveis alianças internacionais com as outras redes terroristas”, afirmou o coordenador da Caritas na diocese de Yagoua, irmão Fabio Mussi.