Basílica Sant’Andrea della Valle, em Roma, foi o local escolhido para a celebração em honra à Santa Dulce dos Pobres
Da redação, com Arquidiocese de Salvador
A primeira Missa em honra à Santa Dulce dos Pobres será celebrada pelo arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, no dia 14 de outubro, às 10h (horário local), na Basílica Sant’Andrea della Valle, em Roma. Irmã Dulce será proclamada santa em 13 de outubro, às 10h (horário local) – 5h no horário de Brasília –, em celebração presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano. Em Salvador, oito dias após a canonização – 20 de outubro -, acontecerá a primeira Missa em Ação de Graças, na Arena Fonte Nova.
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O milagre da canonização
A cura de um problema de glaucoma atribuído à Irmã Dulce levará a beata à canonização. O maestro José Maurício Bragança voltou a enxergar mesmo não sendo considerado curado pela medicina. “Eu fui paciente de glaucoma muito grave que me cegou durante 14 anos. No dia do milagre, 10 de dezembro de 2014, o meu coral ia cantar, mas a minha esposa nem me deixou sair de casa por causa do derrame que eu tive nos olhos devido a uma conjuntivite viral. Eu passei a noite sem conseguir dormir e, por volta das 4h, eu peguei a imagem de Irmã Dulce, que fica na cabeceira da minha cama, a coloquei nos meus olhos e pedi que ela aliviasse a minha dor, porque estava muito difícil, já que eu estava há quatro dias sem conseguir dormir”, relatou.
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O maestro prosseguiu: “Nesse mesmo momento, quando eu coloquei a imagem de volta, eu já bocejei. Então, ela já me fez dormir e acredito que ela tenha operado durante o meu sono. Quando eu acordei de manhã, a minha esposa me deu umas compressas de gelo e foi quando eu comecei a enxergar o gelo e a ver a minha mão e, aos poucos, a visão foi voltando. O momento que começou o retorno da visão foi pouco tempo depois da oração. É um milagre”, afirmou.
Embora tenha voltado a enxergar, os exames clínicos do miraculado continuam como sendo de um paciente cego. “Eu ouvi de médicos que eu nunca ia voltar a enxergar, porque a visão perdida do nervo ótico não se recupera. Eu nunca pedi para voltar a enxergar, pois eu tinha consciência de que era impossível. O que Irmã Dulce me deu foi muito mais do que a cura da conjuntivite ou o alívio da dor. Ela atendeu a minha oração. É uma gratidão infinita, pois eu nunca imaginei que isso ia acontecer em minha vida”, disse.