Durante o encontro com os membros da Inspeção Geral de Segurança Pública do Vaticano nessa sexta-feira, o Papa Bento XVI falou da tarefa de todo cristão de ser "guardião de seu irmão" e lembrou que o Senhor nos pedirá contas do bem ou do mal que tenhamos feito aos nossos irmãos.
Ao se referir à segurança que este corpo proporciona aos peregrinos, o Pontífice assinalou que "esta é uma reflexão válida para cada um de nós: todos estamos chamados a ser custódios do nosso próximo".
"O Senhor nos pedirá contas da responsabilidade que nos confiou, do bem ou do mal que tenhamos feito aos nossos irmãos: se os acompanhamos com atenção no caminho diário, participando das preocupações e alegrias de seu coração; se estivemos do seu lado, de forma discreta mas constante, na sua viagem e lhes ajudamos e servimos de apoio quando o caminho se fazia mais difícil e cansativo", concluiu.
Ao recordar os milhares de peregrinos que visitam Roma diariamente o Papa expressou sua gratidão aos membros da Inspeção Geral de Segurança Pública do Vaticano, pelo serviço que desempenham aqueles que guiam às multidões e recebem aos convidados do Pontífice no Vaticano. "Sei muito bem, inclusive por experiência direta, como é importante para os peregrinos e turistas sua presença discreta nos lugares que constituem o coração de Roma cristã.
Todos os que desejam visitar a Basílica de São Pedro ou contemplar a imponente colunata de Bernini, encontram seus rostos e, com freqüência, servem-se de sua atenção", disse o Santo Padre, ao lembrar seus anos de jovem peregrino em Roma. "Têm a tarefa de custodiar e vigiar lugares que possuem um valor incalculável para a memória e a fé de milhões de peregrinos.
Lugares com grandes tesouros da história e da arte, mas onde acima de tudo acontece, por um mistério indecifrável, o encontro vivo dos peregrinos com o Senhor Jesus. O povo de Deus, o peregrino, cada pessoa, compreende passando ao vosso seu lado, que conta com uma proteção especial e sente-se seguro", destacou o Papa.