Novos empregos

Desemprego cai e país conta com 12,7 milhões de desempregados

A taxa de desocupação em outubro fechou em 12,2%; foram gerados 868 mil novos postos, segundo IBGE

Da redação, com Agência Brasil

De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego continua a cair / Foto: Agência Brasil

A taxa de desemprego no país caiu mais uma vez no trimestre móvel encerrado em outubro deste ano: fechou em 12,2%, índice 0,6 ponto percentual superior ao trimestre anterior. Ainda assim, há no país em outubro 12,7 milhões de pessoas desempregadas.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Se comparada a igual período do ano passado, quando a taxa de desemprego era de 11,8%, houve aumento de 0,4 ponto percentual.

Foram gerados 868 mil novos postos de trabalho de agosto a outubro deste ano. O trabalho doméstico foi o principal item que contribuiu para a queda na desocupação. No entanto, se considerado apenas o trimestre de agosto a outubro, a taxa de desemprego é a maior da série histórica, iniciada em 2012.

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Se comparado com o trimestre anterior, a população desocupada caiu 4,4% ― menos 586 mil pessoas. Em retrato com o mesmo período em 2016, houve alta de 1,8% (mais 1,7 milhão de pessoas).

Para o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, embora a desocupação continue alta, a ocupação está crescendo acima da expansão da população. “A gente está assistindo, desde o trimestre terminado em abril, o aumento da ocupação e a queda da desocupação, que continua alta, embora com força menor. O que muda é que a ocupação está crescendo acima da expansão da população”, disse.

O número de pessoas com carteira de trabalho assinada continua estável ― são 33,3 milhões de trabalhadores nesta condição. No setor privado, 11 milhões de pessoas trabalharam sem carteira de trabalho assinada no período, um crescimento de 2,4% em relação ao trimestre anterior (mais 254 mil pessoas). Em um ano, houve alta de 5,9% (mais 615 mil pessoas).

Já o contingente de trabalhadores por conta própria cresceu 1,4% em um trimestre, atingindo em outubro 23 milhões de pessoas. Em relação ao mesmo período de 2016, houve alta de 5,6% (aumento de 1,2 milhão de pessoas).

O rendimento médio real habitual pago mensalmente ao trabalhador brasileiro de agosto a outubro foi de R$ 2.127, registrando estabilidade em relação ao trimestre anterior e a 2016. Já a massa de rendimento real habitual, de R$ 189,8 bilhões, subiu 1,4% em comparação ao trimestre anterior. Frente ao mesmo trimestre de 2016, o aumento foi de 4,2%.

A pesquisa constatou que o número de empregados no setor público (inclusive servidores estatutários e militares), estimado em 11,5 milhões de pessoas, apresentou estabilidade também em ambos os trimestres comparativos.

Informalidade e trabalho doméstico

Se nas pesquisas anteriores as quedas nas taxas de desemprego vinham sendo reduzidas em decorrência do aumento da informalidade em setores como o de comida e de vendedores ambulantes, nesta pesquisa foi o trabalho doméstico que mais contribuiu para a ocupação. “O trabalho doméstico reduz a desocupação, mas reforça informalidade”, avaliou o IBGE.

Houve aumento de 2,9% no número de trabalhadores domésticos, o equivale a cerca de 177 mil novos postos de trabalho no trimestre. Houve, no entanto, estabilidade frente ao trimestre de agosto a outubro do ano passado. No total, a categoria inclui 6,3 milhões de pessoas.

O nível de ocupação da população (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado pelo IBGE em 54,2% no trimestre de agosto a outubro, um incremento de 0,4 ponto percentual frente ao trimestre de maio a julho.

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