Lugar para os pobres

Bispo propõe solução para casas religiosas que "ficam vazias"

Responsável do Vaticano pede lugar para pobres nas casas religiosas que “ficam vazias”

Da redação, com Rádio Vaticano

O secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica defendeu a necessidade de encontrar soluções solidárias para as “grandes casas” de institutos religiosos que “ficam vazias” diante da diminuição de vocações.

“Que não sejam só hotéis, lugares para ganhar dinheiro, mas para acolher os pobres, as pessoas que sentem a sede e a fome de Deus”, disse dom José Rodríguez Carballo, que está em Fátima para participar das Jornadas Pastorais do episcopado português.

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Dom José Rodríguez Carballo espera que os bispos não se esqueçam do que lhes pediu o Concílio Vaticano II, frisando que estes têm de ser promotores, cada um na sua diocese, da Vida Consagrada, e devem respeitar e ajudar os religiosos a respeitar o próprio carisma. “Comunhão sempre e que nunca falte a profecia”, afirmou.

Em relação ao Ano da Vida Consagrada, que a Igreja celebra, o responsável disse que trata-se de um momento “bonito” de reflexão e tomada de consciência. “A Vida Consagrada, precisa, tem de ser valorizada não só pelo que faz, mas também pelo testemunho do estilo do próprio Jesus”.

Em relação à diminuição de vocações, dom José Rodríguez Carballo sustentou que é preciso insistir na pastoral vocacional, num estilo vida que chama ao seguimento de Cristo, “com mais alegria e menos cara de funeral”. “Não somos números, o importante é que haja qualidade evangélica de vida”, observou.

O responsável convidou a um discernimento, sublinhando que “a Vida Consagrada não é para todos, nem todos são para a Vida Consagrada”.

Para o secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, a Europa tem de continuar a ser uma referência, dado que lá nasceu a maior parte das congregações e ordens religiosas.

Nesse sentido, precisou que a maioria dos 21 novos institutos de direito pontifício, reconhecidos nos últimos anos, nasceu na Europa. “Temos de esquecer a ideia de que a Vida Consagrada está morrendo na Europa, não podemos atirar pedras aos nossos próprios telhados”, advertiu.

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