Associação suíça e Cáritas se unem para ajudar cristãos de Jerusalém

Projeto tem como objetivo produzir 1,5 milhão e meio de terços, que serão entregues aos jovens no Panamá, durante a JMJ

Thiago Coutinho,
Da redação

Terços sendo fabricados em Belém / Foto: Reprodução CN

A Associação Saint-Jean-Marie Vianney Lausanne (ASJMVL), que fica na Suíça, e a Cáritas de Jerusalém, uniram forças num trabalho que visa ajudar à população mais carente da Terra Santa: serão produzidos 1,5 milhão de terços por jovens desempregados, refugiados e famílias carentes. O objetivo é doar este terços aos jovens que participarão da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontecerá em janeiro de 2019, no Panamá.

“Será um magnífico presente para os habitantes de Belém em 2018 e aos jovens do mundo inteiro em 2019”, disse o bispo emérito da cidade de Reykjavik, capital da Islândia, Peter Bürcher, que está auxiliando na organização do projeto, denominado AVE JMJ

Ainda são necessários US$ 800 mil para a fabricação destes 1,5 milhão de terços, que serão oferecidos como presente aos jovens que forem à JMJ 2019, no Panamá. A ASJMVL ficou responsável por recolher esta quantia, bem como a fabricação e o transporte dos terços. A ideia do projeto, porém, surgiu de maneira espontânea. “O projeto nasceu no verão do ano passado [nosso inverno], quando um pai de família me pediu para realizar um desejo do Papa Francisco: ajudar os jovens a rezarem pela paz no mundo, começando pela Terra Santa”, explicou o bispo.

A fabricação do terço, que será produzido em madeira de oliveira, trará uma ocupação e esperança à população mais carente, que vive sob forte tensão e contínua violência ― sobretudo os cristãos, que são minoria religiosa em Jerusalém. “Essa região vive constantes tensões seguidas de violência, mas carregam a esperança. Será um magnífico presente para os habitantes de Belém em 2018 e aos jovens do mundo inteiro em 2019”, disse o arcebispo suíço.

Metade na Terra Santa

Apesar de natural da Suíça, metade do ano dom Bürcher reside na Terra Santa, onde acompanha de perto a atribulada realidade dos cristãos que vivem naquela região. Há quatro décadas o arcebispo suíço leva a vida desta maneira.

“Tento viver aqui do meu jeito, de forma simples, naquilo que se encontra na Constituição Pastoral Gaudium e Spes [Alegria e Tristeza, em latim]: as alegrias e esperanças, as tristezas e as angústias dos homens nos tempos atuais são também as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos discípulos de Cristo”, ponderou.

Num contexto como este, a única certeza levada adiante dom Bürcher é que a ajuda ao povo cristão que vive na capital israelense não pode parar. “Os cristãos, que são minoria entre todos os habitantes da Terra Santa, vivem aqui todas as realidades do cotidiano e eles necessitam vivamente da nossa ajuda”, finalizou.

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