Segundo a organização das Nações Unidas, os menores viveram um ano de horror que os expôs a problemas de saúde mental; Além disso, dobrou o número daqueles que vivem na pobreza
Da redação, com Vatican News
Pelo menos 1,5 milhões de crianças em risco de depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e outros problemas de saúde mental; os que vivem na pobreza dobraram de 43% para 82%; 5 milhões tiveram que interromper os estudos. Esse é o resultado do impacto da “feroz” guerra na Ucrânia na vida de milhares de crianças ucranianas que, como disse o Papa Francisco na entrevista ao Canal 5 no último sábado, 18, não conseguem rir ou sorrir:
“São amáveis, sim, mas não não riem, elas perderam isso. Fui encontrar as crianças que estavam no Bambino Gesù, ucranianas, feridas, ninguém (tinha) um sorriso”.
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Impactos do conflito
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) recorda que não há um único aspecto da vida das crianças em que o conflito não tenha impactado: “crianças mortas, feridas, forçadas a fugir de suas casas, perda de uma educação fundamental”. A elas foram negados “os benefícios de uma vida segura e ambiente seguro”.
“As crianças na Ucrânia viveram um ano de horror”, afirmou a diretora executiva do Unicef, Catherine Russell. “Milhões de crianças vão dormir no frio, assustadas, e acordam esperando que este conflito brutal acabe. Crianças foram mortas e feridas e muitas perderam pais, irmãos, irmãs, casas, escolas, playgrounds. Nenhuma criança deveria ser submetida a esse tipo de sofrimento.”
Serviços básicos
O acesso das crianças e famílias aos serviços básicos foi devastado, prosseguiu Catherine. Há relatos – sublinha o Unicef – de mais de 1.000 unidades de saúde danificadas ou destruídas por bombardeios ou ataques aéreos. Esses ataques mataram e causaram ferimentos graves em pacientes, incluindo crianças, no pessoal médico e restringiram o acesso a tratamentos. “Milhares de crianças em fuga do conflito em todo o país não receberam vacinas vitais para protegê-las contra poliomielite, sarampo, difteria e outras doenças potencialmente fatais.”
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“As crianças precisam que esta guerra acabe e de uma paz duradoura para recuperar sua infância, voltar ao normal e começar a se curar e se recuperar”, acrescentou Russell. Até que isso aconteça, é imperativo priorizar a saúde mental e psicossocial das crianças. Isso deve incluir ações apropriadas à idade para fornecer cuidados adequados, construir resiliência e, especialmente para crianças mais velhas e adolescentes, dar-lhes a oportunidade de expressar suas preocupações”.
Apelo
O Unicef continua a fazer apelo ao “acesso humanitário seguro, rápido e desimpedido, ao fim dos ataques a crianças e às infraestruturas de que dependem, incluindo escolas, hospitais e sistemas de água e saneamento; para evitar o uso de escolas neste conflito e para parar o uso de armas explosivas em áreas povoadas, diretamente responsáveis pela morte e mutilação de centenas de crianças”. Acima de tudo, o Unicef continua a fazer apelo ao “fim das hostilidades”.