Mesmo após Indi Gregory conquistar cidadania italiana e tratamento no Hospital Bambino Gesù, da Santa Sé, Tribunal Superior de Londres negou a possibilidade de uma transferência
Da redação, com Vatican News e agências
A bebê inglesa, Indi Gregory /Foto: Família Gregory via Reuters
A bebê inglesa Indi Gregory morreu na madrugada desta segunda-feira, 13. “Estamos com raiva, destruídos”, disse o pai da pequena, Dean Gregory. Com apenas oito meses de idade, a menina sofria de uma forma rara de patologia mitocondrial, considerada incurável pelos médicos.
O caso da pequena Indi Gregory causou comoção no mundo todo. Os pais, que moram na cidade de Ilkeston, no Reino Unido, iniciaram nos últimos meses uma sequência de ações legais para proteger o direito de viver da filha. Apoiada pelo Christian Legal Centre, uma organização ligada à Christian Concern, a família alegou ao Tribunal Superior e ao Tribunal de Recursos, ambos do Reino Unido, e aos juízes do Tribunal Europeu de Direitos Humanos de que ela deveria continuar a receber cuidados.
A pequena chegou a receber cidadania italiana e o Hospital Pediátrico Bambino Gesù, da Santa Sé, se prontificou a acolhê-la para tratamento. Sob o argumento de que a bebê “estava morrendo e que o tratamento causava dor e era supérfluo”, o Tribunal Superior de Londres negou a possibilidade de uma transferência para a Itália.
Após a recusa dos juízes ingleses em aceitar o recurso apresentado pela mãe e pelo pai, os maquinários que a mantinham viva foram desligados no sábado, 11, no Queen’s Medical Centre em Nottingham. Indi foi transferida para uma estrutura para doentes terminais.
Oração do Papa
No sábado, 11, o Papa Francisco disse que rezava pela família. Em nota, a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou: O Santo Padre “abraça a família da pequena Indi Gregory, seu pai e sua mãe, reza por eles e por ela, e dirige seu pensamento a todas as crianças que, nestas mesmas horas, em todo o mundo, estão vivendo com dor ou arriscando a vida por causa de doenças e guerras”.
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