Conflitos na Síria

Apesar das dificuldades, moradores de Alepo tentam voltar à normalidade

Moradores da cidade síria afetada pela guerra civil ainda dependem de ajuda externa

Da redação, com Fundação AIS Portugal

Uma mulher e seus filhos aguardam transporte em Alepo, na Síria / Foto: Arquivo – ONU – OCHA / L. Tom

A guerra civil que assola a Síria tirou a vida de milhares de pessoas. Os moradores ainda dependem de ajuda externa e aos poucos tentam trazer de volta a normalidade às suas vidas.

O coordenador do projeto de apoio dado pela Fundação AIS aos Cristãos do Médio Oriente, padre Andrzej Halemba, explica que muitas habitações estão sendo reconstruídas, bem como lojas e centros comerciais. A ajuda externa, porém, ainda é extremamente importante para que os moradores de Alepo reconduzam suas vidas.

“Quer sejam médicos ou crianças, siro-católicos ou siro-ortodoxos, católicos latinos, maronitas ou outros — todas as famílias cristãs de Alepo são peremptórias. Sem esta ajuda serão forçados a emigrar”, explicou o padre.

Leia mais
.: AIS contribui com reconstrução de centro esportivo na Síria

.: Síria: pelo menos 14 pessoas morrem em ataque em Alepo
.: Unesco confirma que 30% da Cidade Velha de Alepo foi destruída

Além do auxílio material, o padre Andrzej salientou o quão importante é investir nos jovens com bolsas de estudos, a fim de que possam continuar a viver e trabalhar em Alepo. Caso contrário, todos emigrarão para o Líbano ou para algum país do Ocidente.

Eventos sociais têm sido organizados para arrecadar fundos e estabilizar a vida dos moradores de Alepo. O padre Ibrahim Alsabagh, por exemplo, coordenou uma festa para mais de três mil fiéis. Outro evento apoiado pela Fundação AIS foi um piquenique organizado no pátio do convento dos Frades Franciscanos de Alepo, que ajudou cerca de 1200 cristãos.

Apesar de todas as dificuldades, o sacerdote acredita que a paz pode chegar à região. “Após seis anos de guerra chegou o tempo da reconstrução — não apenas para a cidade, mas também para os corações. O conflito deixou feridas muito profundas, mas para além da dor, da frustração e da fadiga, vi também nas pessoas a determinação e a vontade de viver novamente”, acrescentou o padre Ibrahim.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo