Ajuda de emergência no valor de 250 mil euros será de imediato
Da redação, com AIS
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) a nível internacional irá enviar de imediato, para Beirute, uma ajuda de emergência no valor de 250 mil euros para aquisição de alimentos, após a enorme explosão desta terça-feira, 4. A ajuda terá como alvo as famílias pobres mais afetadas pela explosão que devastou a área portuária da capital libanesa.
Pelo menos 100 pessoas foram mortas e 4.000 ficaram feridas quando explodiram 2.750 toneladas de nitrato de amônio armazenado no local.
O padre Raymond Abdo, parceiro da instituição, afirmou à instituição: “A explosão parecia uma bomba atômica, com fumo vermelho por todo o lugar e imensos danos.”
Padre Samer Nassif, da Fundação AIS no Líbano, disse que a área cristã de Beirute foi “completamente devastada”. Pelo menos 10 igrejas foram destruídas, 300.000 pessoas ficaram sem teto e muitas outras sofrem com a “total destruição” dos seus meios de subsistência.
“Ontem, num segundo, foram provocados mais danos ao bairro cristão de Beirute do que durante os longos anos de guerra civil. Temos de reconstruir do zero”, afirmou.
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Apelo aos países do mundo
Os sacerdotes afirmaram que, após a longa crise econômica e a situação de pandemia, o Líbano está mal equipado para lidar com as emergências e precisa urgentemente de ajuda internacional para as necessidades básicas do povo.
No “Apelo aos Países do Mundo” enviado nesta quarta-feira, 5, pelo Patriarca Maronita Cardeal Bechara Boutros Rai, presidente da Conferência de Patriarcas e Bispos Católicos do Líbano, o mesmo afirmou: “Beirute é uma cidade devastada. Beirute, a noiva do Oriente e o farol do Ocidente, está ferida. É uma cena de guerra – há destruição e desolação em todas as ruas, distritos e casas.”
O padre Abdo descreveu como, num convento não muito longe do seu mosteiro, uma religiosa idosa e doente morreu devido aos ferimentos provocados pela explosão. O padre carmelita contou que ela era a única que não estava na sala de jantar no momento e que, se as outras estivessem nos seus quartos, muitas teriam morrido ou ficado gravemente feridas. A Fundação AIS apela à oração pelas vítimas e suas famílias.