Quatro Irmãos do Sagrado Coração e um professor sequestrados em 23 de fevereiro no Haiti foram libertados, enquanto dois ainda estão mantidos em cativeiro
Da redação, com Vatican News
Foram libertadas as três religiosas da Congregação de São José de Cluny, sequestradas terça-feira, 5, no Orfanatrófio La Madeleine. Segundo a Conferência dos Religiosos Haitianos, um grupo de bandidos armados havia levado as irmãs de Croix-des-Bouquets.
Já a imprensa local informou que, no domingo, 10, foram libertados quatro dos seis religiosos da Congregação dos Irmãos do Sagrado Coração, notícia ainda não confirmada pela Polícia Nacional Haitiana (PNH). Os seis religiosos foram sequestrados no dia 23 de fevereiro, quando se dirigiam à missão da Escola João XXIII no bairro Bicentenário, em Porto Príncipe.
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No contexto da violência que assola o país, o bispo de Anse-à-Veau Miragoâne, dom Pierre André Dumas, ficou gravemente ferido em uma explosão em Porto Príncipe no dia 18 de fevereiro do ano passado. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo atentado contra o prelado, que também é vice-presidente da Conferência Episcopal Haitiana (CEH) e a polícia haitiana não localizou os autores. Atualmente, Dom Dumas está hospitalizado na Flórida e se recupera dos ferimentos.
Em janeiro, o bispo havia se oferecido como refém em troca das seis religiosas da Congregação de Santa Ana, sequestradas em Porto Príncipe, às quais o Papa Francisco também fez um apelo pela libertação.
O vice-presidente da CEH sempre criticou e lutou contra as quadrilhas criminosas que atuam no Haiti, especialmente contra o crime de sequestro, que define como uma prática desumana e desprezível. Igualmente severo também para com a classe política haitiana, à qual pede constantemente que abandone o individualismo para superar a crise econômica, política e social que assola o país caribenho.
Recentemente, Dom Dumas fez um apelo por uma transição pacífica de poder, pois “a sociedade está paralisada pelo medo, e isso é um símbolo de fracasso”.
No Angelus do domingo, 10, o Papa Francisco dirigiu, da Praça de São Pedro, um apelo à oração pela população haitiana:
“Acompanho, com preocupação e tristeza, a grave crise que atinge o Haiti e os episódios de violência ocorridos nos últimos dias. Estou próximo da Igreja e do querido povo haitiano, que sofre há anos. Convido-vos a rezar por intercessão de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro pelo fim de qualquer tipo de violência e para que todos ofereçam o seu contributo para fazer crescer a paz e a reconciliação no país, com o renovado apoio da comunidade internacional.”