ORDEM DO SANTO SEPULCRO

Papa sobre Terra Santa: sofrimento onde Jesus ensinou sobre o amor

Francisco recebeu em audiência nesta quinta-feira, 9, participantes da Consulta da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém – realizada em Roma

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco fala a participantes da Consulta da Ordem Equestre do Santo Sepulcro durante audiência / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira, 9, alguns membros da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém. Eles participam, desde segunda-feira, 6, da Consulta da Ordem, em Roma, que reuniu cavaleiros, damas, lugar-tenentes, delegados magistrados e, este ano, também bispos grão-priores.

Durante sua fala, o Pontífice recordou a Terra Santa, que tem sofrido com a violência de um conflito que já deixou milhares de mortos. “Estou espiritualmente unido a vocês, que certamente vivem este encontro da Consulta, compartilhando a grande dor da Igreja Mãe de Jerusalém e implorando o dom da paz”, expressou.

Com dor, o Santo Padre afirmou que a humanidade tem testemunhado uma “tragédia” nos lugares “onde o Senhor viveu, onde nos ensinou através da sua humanidade a amar, a perdoar e a fazer o bem a todos”. Ele disse que a região está dilacerada por um sofrimento terrível, que afeta principalmente pessoas inocentes, muitas delas mortas no conflito.

“Formar-se numa caridade universal”

Voltando-se para o tema da Consulta, que é a formação dos membros da Ordem, Francisco indicou quatro orientações: formação inicial e permanente, prática e espiritual. São quatro linhas representadas no sinal da Cruz, cujo braço horizontal “recorda o compromisso de fazer com que a dedicação a Cristo crucificado e ressuscitado abrace toda a sua vida, e na caridade os torne próximos de cada irmão e irmã”, enquanto o braço vertical “lembra a complementaridade indispensável, no seu caminho, entre vida de oração e de serviço aos irmãos, atenta, qualificada, bem enraizada nas realidades em que trabalha, visando o bem total da pessoa”.

Neste contexto, o Papa recordou os Estatutos que “constituem o caminho principal” para caminhar como Ordem laical. Ele exortou todos a “associar homens e mulheres comprometidos com uma participação mais plena na vida da Igreja”, a partir da “Igreja Mãe” de Jerusalém e abrindo-se ao mundo inteiro.

“Com essa visão universal, vocês são chamados a ser uma Ordem que, forte em sua própria identidade, participa do mistério da caridade da maneira mais bonita, aberta e disponível, pronta para assumir os serviços que o Senhor pede através das necessidades dos irmãos: desde a educação das crianças nas escolas até a solidariedade concreta com as categorias mais frágeis, como os idosos, os doentes e os refugiados”, declarou o Pontífice.

Diante disso, ele retomou a necessidade de “formar e formar-se numa caridade universal e inclusiva”, especialmente a partir da história da Ordem. Isto em um contexto de escuta e de oração, com o esforço para adquirir competências para responder às necessidades do próximo. “Este é um grande serviço que vocês podem prestar hoje à Igreja e ao mundo”, sublinhou o Santo Padre.

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