Decreto do Dicastério para as Causas dos Santos declara Irmã Vicenta Guilarte Alonso como venerável, além de outros três Servos de Deus
Da Redação, com Vatican News
Com a autorização do Papa Francisco, o Dicastério para as Causas dos Santos publicou nesta quinta-feira, 20, um decreto que reconhece o martírio de dois sacerdotes e as virtudes heroicas de quatro Servos de Deus – entre os quais está a Irmã Vicenta Guilarte Alonso, da Congregação das Filhas de Jesus, que teve atuação missionária no Brasil.
Além da Irmã Vicenta, também foram declarados Veneráveis Isaia Columbro, sacerdote italiano professo da Ordem dos Frades Menores; Maria Costanza Zauli, religiosa italiana professa das Servas do Sagrado Coração e fundadora das Servas Adoradoras do Santíssimo Sacramento; e Ascensión Sacramento Sánchez Sánchez, espanhola do Instituto Secular Cruzada Evangélica.
Os martírios reconhecidos pelo Pontífice após o encontro com o prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos, Cardeal Marcello Semeraro, foram dos sacerdotes Luigi Palić, nascido no Kosovo e morto por ódio à fé em 1913, na Albânia, e Giovanni Gazulli, albanês morto em 1927, também na Albânia.
Biografia da Irmã Vicenta Guilarte Alonso
Irmã Vicenta Guilarte Alonso nasceu em 21 de janeiro de 1879 na cidade espanhola de Rojas, na província de Burgos. Ela entrou no convento das Filhas de Jesus em Burgos, uma congregação que havia sido fundada em Salamanca por Cândida Maria de Jesus, que se dedicava principalmente à educação da juventude.
Em 1909, fez os votos perpétuos. Dois anos depois, foi enviada, juntamente com cinco companheiras, para missão no Brasil. Estabelecidas na cidade de Pirenópolis (GO), um lugar incômodo no interior da floresta, Irmã Vicenta e as religiosas abriram um colégio para a educação de meninas, dedicando-se especialmente às crianças mais pobres.
Em 1927, partiu para Leopoldina (MG), onde, apesar de ter exercido a função de vice-priora, também exerceu a tarefa de porteira do Colégio Imaculada Conceição, que aceitou com humildade. Ela desempenhou o ofício exemplarmente até a sua morte em 6 de julho de 1960, após uma queda que lhe causou a quebra do fêmur.
Mesmo em vida, alguns fiéis atribuíam a solução de muitos de seus problemas às suas orações e, ao saberem do seu falecimento, houve uma grande manifestação de condolências em toda a cidade de Leopoldina, onde ela era considerada “a santinha do colégio”.