Fanatismo cego

Papa: parem de usar o nome de Deus para justificar violência e terrorismo

Por ocasião do Dia em memória das vítimas da violência baseada na religião ou crença, Francisco divulgou uma mensagem condenando o extremismo e o fanatismo cego

Da redação, com Vatican News

Visão da Igreja Católica de São Francisco, na Nigéria, onde fiéis foram atacados por homens armados durante a missa de domingo, em 6 de junho de 2022 /Foto: REUTERS/Temilade Adelaja TPX IMAGES OF THE DAY

“Renovo o apelo para que cessem de instrumentalizar as religiões para incitar ao ódio, à violência, ao extremismo e ao fanatismo cego e deixem de usar o nome de Deus para justificar atos de homicídio, de exílio, de terrorismo e de opressão”. Foi o que o Papa Francisco escreveu em um tweet nesta terça-feira, 22, ecoando algumas palavras do Documento sobre a Fraternidade Humana, por ocasião do Dia internacional em memória das vítimas de atos de violência baseados na religião ou crença.

A data, recordada pelo Santo Padre, foi estabelecida pela ONU. De acordo com a organização sem fins lucrativos “Portas Abertas”, é “impossível não mencionar o aumento da violência contra os cristãos” perpetrada em vários países onde as minorias são particularmente vulneráveis e visadas. E justamente os cristãos, de acordo com um relatório do Pew Research Center dos EUA, são a comunidade religiosa mais perseguida no mundo por causa de sua fé.

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Aumento de atos violentos

No comunicado emitido sobre o assunto pela organização Portas Abertas, afirma-se que o aumento de atos violentos com base religiosa contra minorias cristãs é particularmente evidente na Índia (Manipur), Paquistão (Punjab), Nigéria, Camarões e Bangladesh. Na África, a Nigéria tem o maior número de cristãos mortos por causa de sua fé: 5.014 casos foram documentados em 2023. 

Os ataques aos cristãos, continua o texto, não assumem exclusivamente a forma de ataques diretos à vida da vítima, mas podem assumir muitas formas de violência física ou material. Além de pessoas mortas e feridas, há ataques a prédios de igrejas e outros edifícios, como escolas e clínicas, fechamento de igrejas, prisões de cristãos condenados e encarceramento em prisões ou campos de trabalho forçado. “Sequestros, agressões sexuais, casamentos forçados, abuso físico e psicológico, deslocamento, casas ou negócios destruídos ou saqueados” são outras formas de violência contra essas comunidades de fiéis.

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