Padre Ramon comenta sobre a relação entre o mês de maio e a devoção Mariana, destaca práticas para honrar Nossa Senhora, além de explicar ato de coroação
Huanna Cruz
Da Redação
O mês de maio é popularmente conhecido como “mês mariano”. Sobre esta afirmação, o pároco da Igreja São Pedro e São Paulo, localizada em Jaú (SP), e pós-graduado em Mariologia, padre Ramon Aparecido Ramos, explicou que ela remonta ao século XVI e XVII e ao costume de se realizar exercícios espirituais dedicados a Nossa Senhora.
O sacerdote destacou que o Espírito Santo suscita na vida da Igreja a importância de venerar a mãe de Deus. “O mês de maio deve ser estritamente valorizado a pedido da Santa Mãe Igreja, que em sua pedagogia, nos orienta uma devoção para cada mês do ano. No mês de maio, a Igreja convida a voltar o nosso olhar para a pessoa de Maria Santíssima”, disse.
A medida que a devoção a Nossa Senhora no mês de maio foi se popularizando, e os exercícios marianos se aperfeiçoando, o presbítero contou que foram também atribuídos ao mês um maior apelo à recitação do Santo Terço e à coroação de Maria.
Honras a Nossa Senhora
Padre Ramon frisou que a Igreja tem muitas práticas para honrar Nossa Senhora. Em primeiro lugar com a oração do Santo Rosário. “Não de uma maneira mecânica, mas de uma maneira devota. Na escola de Maria, contemplar o rosto de Cristo”, sublinhou.
Depois, o sacerdote citou as novenas e as celebrações marianas, além de destacar o ato de coroação. “Maria é ornada com uma rica coroa. Ainda que não seja de ouro, ela (coroa) é toda trabalhada, moldada e apresentada para ornar a imagem de Nossa Senhora”. A coroação, esclareceu o presbítero, não é um ato exclusivo do mês de maio, ou seja, ele pode também ser realizado em outros meses ou tempos litúrgicos.
Geralmente, a coroação de Nossa Senhora acontece ao final das santas missas, ou mesmo fora delas, em um momento catequético, ou mesmo dentro da casa dos fiéis. “Não é só na Igreja que se coroa Nossa Senhora, mas também nas casas, pois ela é a rainha das famílias”, explicou. Padre Ramon recordou que o Papa João Paulo II decretou Nossa Senhora como rainha das famílias.
“O rito de coroação de Nossa Senhora não deve ser visto como algo imperial, obsoleto, mas um símbolo que fala à nossa vida espiritual. (…) A coroa, como a própria palavra diz, é o coroamento, o fechamento de uma vida, de uma entrega a Deus nosso Senhor. O ato de coroar Nossa Senhora está juntamente ligado ao Dogma da Assunção de Maria ao céu. Nós também aguardamos a coroa que o justo juiz nos dará após a nossa morte”, concluiu.