João Paulo II afirmou que o novo Catecismo da Igreja Católica é um “verdadeiro dom” para todos, porque coloca ao centro Jesus Cristo
Da redação, com Vatican News
Em 7 de dezembro de 1992, o Papa João Paulo II apresentava solenemente o novo Catecismo da Igreja Católica aos fiéis do mundo todo. Na ocasião, o então Pontífice explicou seu objetivo específico:
“Ele expõe os conteúdos da fé, de modo coerente com a verdade bíblica, com a genuína tradição da Igreja e em particular com os ensinamentos do Concílio Vaticano II; põe em evidência o fundamento e essência do anúncio cristão, com o intuito de expor, mediante uma linguagem mais sensível às exigências do mundo de hoje, a perene verdade católica”, disse João Paulo II, que esteve à frente da Igreja durante os anos de 1978 à 2005.
Obra presidida pelo cardeal Ratzinger
O trabalho de redigir o texto do Catecismo da Igreja Católica foi realizado sob a direção do cardeal Joseph Ratzinger, então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, uma Comissão de doze cardeais e bispos e uma Comissão editorial de sete bispos diocesanos, especialistas em teologia e catequese. Esse trabalho levou seis anos para ser concluído.
Após uma consulta dos bispos, teólogos e exegetas do mundo inteiro, a Comissão redigiu um texto, ponto de referência para a transmissão da fé católica, dividido em três partes: “Profissão de Fé”, “Celebração do mistério cristão” e “A vida em Cristo e Oração cristã”.
Na ocasião, João Paulo II afirmou tratar-se de “um verdadeiro dom, profundamente enraizado na Sagrada Escritura e na Tradição apostólica”, mas também “dirigido ao futuro e a todos, porque coloca ao centro Jesus Cristo, Senhor de todos”.
Processo da publicação
A ideia de estabelecer um “ponto de referência” do anúncio profético e catequético teve início em 1985, a pedido dos Padres Sinodais recebidos pelo Papa, por ocasião dos vinte anos da conclusão do Concílio Vaticano II.
No ano seguinte, em 1986, iniciaram-se os trabalhos das Comissões sobre o texto, aprovado por São João Paulo II, em 25 de junho de 1992, promulgado na Constituição “Fidei depositum”, mas publicado, definitivamente, com a Carta Apostólica “Laetamur Magnopere”, em 15 de agosto de 1992.
A fé, resposta significativa à experiência humana
Vinte e cinco anos após a “Fidei depositum”, em 11 de outubro de 2017, o Papa Francisco recordou a importância do Catecismo da Igreja Católica:
“Por sua capacidade de apresentar, com uma linguagem renovada, a beleza da fé em Jesus Cristo; um instrumento importante, não apenas porque apresenta aos cristãos os ensinamentos de todos os tempos, para crescer na compreensão da fé, mas também e, sobretudo, porque pretende aproximar os nossos contemporâneos, com os seus problemas novos e diversos, à santa Igreja, comprometida em apresentar a fé à existência humana, como resposta significativa, neste momento histórico particular”.