Francisco encontrou-se nesta quinta-feira, 1º, com mulheres representantes da Conferência Eclesial da Amazônia e da Rede Eclesial Pan-Amazônica
Da Redação, com Vatican News
O Papa Francisco recebeu, no Vaticano, três mulheres indígenas, defensoras da Amazônia. Na audiência realizada nesta quinta-feira, 1º, ele recebeu as vice-presidentes da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA), Patricia Gualinga e Ir. Laura Vicuña, e a vice-presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), Yesica Patiachi.
As três enviaram ao Pontífice, no início de março, uma carta entregue pessoalmente pelo Cardeal Pedro Barreto. Nela, pediam um encontro presencial, “para fortalecer os caminhos de comunhão e unidade”. O pedido foi atendido, e a reunião aconteceu pouco menos de três meses depois. Depois, concederam entrevista à Rádio Vaticana.
Uma das visitantes, Ir. Laura Vicuña Pereira Manso, é indígena do povo Kariri, nasceu em Porto Velho (RO) e tem pais migrantes. Religiosa da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas, é formada em antropologia, especialista em psicologia social e mestre em linguística indígena.
Leia mais
.: Em coletiva de imprensa, bispos abordam Amazônia, migrantes e caridade
.: Capoeiristas apresentam ao Papa dança em defesa da Amazônia
Compromisso com a Amazônia
Segundo a religiosa, o Papa Francisco “transmite uma grande paz e sobretudo o seu grande compromisso com a Amazônia e com os pobres”. Ela o descreve como um sopro do próprio Espírito Santo, mudança de verdade, que não dá mais para voltar.
Em relação a audiência, a religiosa afirma que a temática girou em torno da realidade socioambiental da Amazônia, e a realidade sociopastoral, com ênfase para a missão da mulher na igreja. Ela conta que o Papa falou, sobre o papel da mulher, que elas “são justamente as que promovem as mudanças, a evangelização e o cuidado da vida, da terra e do direito”.
Laura Vicuña também afirma que foram ao Santo Padre levar as vozes da Amazônia que pedem ajuda. “Elas pedem que avancemos para águas mais profundas e pede também que a Igreja tenha esse compromisso incondicional com a luta dos povos originários, com a luta dos povos amazônicos na defesa da nossa mãe terra, na defesa dos direitos e na defesa da vida”, declara.