Notas publicadas exaltam fidelidade do cardeal falecido à Igreja, zelo litúrgico, disponibilidade ao serviço e boa relação com as pessoas ao redor

Da Redação

Após a morte do arcebispo emérito de São Salvador da Bahia, Cardeal Geraldo Majella Agnelo, neste sábado, 26, muitas mensagens prestando condolências foram publicadas.

O arcebispo metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer, manifestou seu pesar por meio de uma nota e lembrou que, antes de tornar-se bispo, Dom Geraldo Majella pertenceu ao clero de São Paulo (SP). Natural de Juiz de Fora (MG), ele se mudou quando jovem para a capital paulista para receber sua formação sacerdotal.

Após relembrar a trajetória do religioso, Dom Odilo registrou também a afabilidade, a bondade e a capacidade de criar laços de amizade e de comunhão entre as pessoas de Dom Geraldo Majella. “Por onde passou, deixou amigos que lhe queriam muito bem”, expressou o arcebispo metropolitano de São Paulo, que também destacou o zelo litúrgico, a preocupação com a boa formação dos sacerdotes e do povo e a irrestrita fidelidade ao Papa e à Igreja do cardeal falecido.

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.: Papa envia telegrama de pesar pela morte de Dom Geraldo Majella Agnelo

A nota é concluída com o oferecimento das orações e súplicas da Arquidiocese de São Paulo, “pedindo a Deus que conceda o prêmio da vida eterna a esse seu bom e fiel servidor”. Dom Odilo Scherer recomenda ainda ao clero arquidiocesano que ofereça a Santa Missa na intenção de Dom Geraldo Majella.

Presença paternal

Após também emitir nota de pesar pela morte do arcebispo emérito de São Salvador da Bahia, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou um vídeo em que seu secretário-geral, o bispo auxiliar de Brasília (DF), Dom Ricardo Hoepers, exprime os sentimentos pelo falecimento de Dom Geraldo Majella.

No vídeo, Dom Ricardo manifestou a gratidão do episcopado a Deus “pelo dom da vida deste nosso irmão”, presidente da conferência entre 2003 e 2007 que deixou “um legado muito importante”. Ele relatou também a “presença paternal” do cardeal entre os assessores da CNBB, que destacaram o modo de ouvir e a capacidade de solucionar problemas “de acordo com um discernimento profundo e verdadeiro”.

O secretário-geral da CNBB também enalteceu as contribuições de Dom Geraldo Majella para a Igreja do Brasil, da América Latina e do mundo inteiro. “Podemos dizer que (ele) é um homem generoso, sempre disponível ao serviço da Igreja, (…) e acima de tudo um irmão presente e atuante na vida de todos aqueles que o conheceram”, manifestou.

Confira o vídeo completo clicando aqui. 

Resplandecente diante da morte

O coordenador da Pastoral Presbiteral da Arquidiocese de Londrina, padre Manuel Joaquim dos Santos, escreveu uma carta sobre Dom Geraldo Majella. Lembrando suas origens, ele destacou como o religioso era um “servo fiel à Igreja, emprestando-lhe sua docilidade e obediência onde assim o solicitassem”.

O sacerdote também recordou a cofundação da Pastoral da Criança pelo cardeal falecido, juntamente à médica Zilda Arns, deixando “a marca de uma organização que já salvou da morte precoce, milhares de crianças”. Da mesma forma, citou o trabalho de Dom Geraldo Majella na Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos e como arcebispo de São Salvador da Bahia e presidente da CNBB.

Por fim, o padre Manuel Joaquim escreveu que “Dom Geraldo foi um homem de Deus, que impactou profundamente na vida de muitos padres e leigos. Dotado de um humanismo extraordinário, sabia entender, silenciar e perdoar. (..) Na sua enfermidade inicial brindava com os amigos várias vezes, sempre sorrindo e em paz”.

Diante da convivência que teve com o cardeal, o sacerdote registrou como Dom Geraldo Majella “resplandecia num corpo que ia definhando sem perder a dignidade”, mantendo o humor que lhe era característico, e encerrou o texto manifestando que ele deixará saudades.

Morte de Dom Geraldo Majella

O Cardeal Geraldo Majella Agnelo faleceu na madrugada de sábado, após uma piora em seu estado de saúde. Ele havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) em dezembro passado e, desde então, estava internado em seu domicílio. A morte foi confirmada pela Arquidiocese de Londrina, que recebeu o arcebispo após ele se tornar emérito. O funeral teve início neste domingo, e a Missa das Exéquias e o sepultamento estão marcados para a segunda-feira, 28, às 10 h, na Cripta da Catedral Metropolitana de Londrina.

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