2 de fevereiro

Carta para Dia da Vida Consagrada frisa chamado à Igreja sinodal

Cardeal João Braz de Aviz e Dom José Rodríguez Carballo exortam a refletir sobre a palavra “participação” ligada ao caminho sinodal

Da Redação, com Vatican News

Dia da Vida Consagrada é celebrado em 2 de fevereiro / Foto: congerdesign por Pixabay

O espírito de participação, dentro da vivência de sinodalidade que o atual Sínodo enfatiza. Esse é o foco da carta para o Dia da Vida Consagrada emitida pelo prefeito e pelo secretário da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz e Dom José Rodríguez Carballho, O.F.M., respectivamente. O XXVI Dia Mundial da Vida Consagrada será celebrado no próximo dia 2 de fevereiro.

Em 2020, o convite foi para “praticar a espiritualidade de comunhão”. Já neste ano, a ênfase recai sobre a segunda palavra do Sínodo, convidando cada um a fazer sua parte, a participar. A carta destaca que ninguém deve se sentir excluído, pois a todos é pedido para entrar no “dinamismo da escuta recíproca”, conduzido em todos os níveis da Igreja.

A mensagem dirigida à vida consagrada ressalta que esse caminho interpela cada comunidade vocacional no seu ser expressão visível de uma comunhão de amor. Nesse sentido, voltando ao chamado vocacional, será reencontrada a alegria de sentir e fazer parte de um projeto de Amor para o qual outros irmãos e irmãs colocaram a própria vida à disposição.

“Quanto entusiasmo no início das nossas histórias vocacionais, quanto encanto ao descobrir que o Senhor também me chama a realizar este sonho de bem para a humanidade! Reavivemos e cuidemos de nossa pertença porque, o sabemos muito bem, com o tempo corre o risco de perder força, sobretudo quando substituímos a atratividade do nós pela força do eu.”

A responsabilidade da participação

A carta ressalta ainda a exortação a entrar neste caminho de toda a Igreja, com a riqueza dos carismas. E recorda a palavra do Papa Francisco de que a vida consagrada nasce na Igreja, cresce e só pode dar frutos evangélicos na Igreja.

Nesse sentido, a participação torna-se, então, uma responsabilidade. “Não podemos faltar, não podemos deixar de estar entre os outros e com os outros, nunca e ainda mais neste chamado a ser Igreja sinodal! E mesmo antes disso, sabemos bem que a sinodalidade começa dentro de nós: de uma mudança de mentalidade, de uma conversão pessoal, na comunidade ou fraternidade, em casa, no trabalho, em nossas estruturas para expandir-se nos ministérios e na missão.”

Trata-se de uma dinâmica gravada na vida consagrada e como um eco daquela primeira resposta ao Amor do Pai que os alcançou. E é nessa dinâmica de apelo e adesão, aponta a mensagem, que reside a raiz desta atitude de estar dentro dos processos que dizem respeito à vida da comunidade e de cada pessoa.

A participação assume, assim, o estilo de co-responsabilidade de referir-se antes ainda que à organização e ao funcionamento da Igreja, à sua própria natureza, à comunhão e ao seu sentido último. Este se constitui do sonho missionário de chegar a todos, de cuidar de todos, de sentir que todos são irmãos e irmãs, juntos na vida e na história, que é a história da salvação.

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