Visita

Cardeal Sandri em visita às comunidades católico-orientais dos EUA

A agenda do Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais nos Estados Unidos começou pela visita à Eparquia de São Nicolau dos Ucranianos

Da redação, com Vatican News

A visita do prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais cardeal Leonardo Sandri aos Estados Unidos ― que se concluirá no dia 24 de junho ― teve início na última sexta-feira, 14, com o encontro na Eparquia ucraniana de São Nicolau, localizada na “Ukranian Village”, em Chicago, área onde os emigrantes da Europa Oriental se concentraram ao longo das décadas.

Na majestosa catedral, o cardeal pode venerar o ícone apropriado ao tempo litúrgico, colocado na entrada do santuário. A seguir, visitou a igreja dedicada aos Santos Volodymir e Olga, onde foi acolhido por uma delegação de fiéis e sacerdotes.

Calendário Juliano e Calendário Gregoriano

Na mesma Eparquia – segundo um comunicado da Congregação para as Igrejas Orientais ― ainda existe uma divisão entre os fiéis das gerações mais antigas ― fiéis à própria identidade tradicional, mas plenamente inseridos no contexto local ― e aqueles chegados mais recentemente, frequentemente com muitos familiares ainda na Ucrânia.

Enquanto o primeiro grupo aceita de bom grado o uso do Calendário Gregoriano, os outros, para não viverem a separação com suas famílias e parentes na Ucrânia, pedem que seja adotado o Calendário Juliano, em uso mesmo entre os greco-católicos do país.

Assim, para acompanhar as diferentes sensibilidades em direção a um caminho comum, ainda coexistem os dois “ritmos” celebrativos, sinal de como a divisão entre os cristãos em relação aos calendários ainda é uma realidade para alguns certamente incompreensível, mas que não diz respeito somente às relações com os irmãos da ortodoxia, mas também às próprias comunidades católicas.

No contexto visitado, essas diferenças não são percebidas como uma fonte de divisão ou oposição ― salvo alguns esforços realizados pelos sacerdotes encarregados de diferentes capelanias com diferentes calendários ― mas como uma forma de atenção pastoral a diferentes sensibilidades provocadas por tempos diferentes de emigração e inserção no novo contexto, embora conscientes do desejo de que possam evoluir e que a Páscoa é única para todos, católicos e ortodoxos.

Depois de uma visita às instalações da Chancelaria e à residência do Bispo, o cardeal foi à Sala do Museu Ucraniano de Arte Moderna ― que frequentemente acolhe encontros para o clero e para os fiéis da eparquia ― onde teve uma conversa fraterna com os membros do clero, sacerdotes e leigos.

Nas recordações do cardeal Sandri, a visita à Ucrânia

O cardeal ― lê-se no comunicado da Congregação ― recordou sua visita feita dois anos atrás à Ucrânia, desde áreas do Donbass atingidas pelo conflito em curso até o Santuário de Zarvanytsia, lendo nos olhos e na vida das pessoas que encontrou, a dor pelos sofrimentos vividos, no silêncio da mídia internacional, mas também a grande dignidade e orgulho da própria fé, entrega ao Senhor e à Mãe de Deus, bem como a certeza da proximidade do Santo Padre, que já havia lançado a campanha de caridade e solidariedade para aliviar o sofrimento da população, para além de qualquer filiação étnica ou confessional.

O encontro concluiu-se com uma série de perguntas dirigidas ao cardeal sobre o papel da Igreja Greco-católica ucraniana, sobre o funcionamento da Congregação, sobre a forma de envolvimento dos leigos – em particular as mulheres – na vida das Igrejas Católicas Orientais.

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