45 anos da Comunidade

Cantores e missionários: missão da música na Canção Nova é evangelizar

No Dia do Cantor – celebrado nesta quinta-feira, 13 – missionários e cantores da Canção Nova falam sobre o dom de cantar e o valor da música difundida pela comunidade na história da Igreja no Brasil

Julia Beck
Da redação

O cantor e missionário Elias Júnior /Foto: Daniel Mafra

Evangelizar através da música, proporcionando uma experiência com Deus. Neste Dia do Cantor, celebrado nesta quinta-feira, 13, é assim que os missionários da Canção Nova, Rogéria Viana, conhecida como Rogerinha; Elias Júnior e Orlando Júnior definem a missão de integrar o ministério de música da comunidade.

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Nestes 45 anos da Canção Nova, Rogerinha frisa que a música abriu caminho para as novidades de Deus, para a conversão, para a mudança de vida. Elias reforça que a música diz da essência do carisma da comunidade: “Cantar um canto novo”.

 “Assim como somos chamados a cantar um canto novo com a nossa vida, também somos chamados a cantar um canto novo através do louvor, da adoração, da música”, disse o missionário.

Dom da música

A música na Canção Nova “é uma missão de ponta de lança, de frente de batalha, como dizia padre Jonas” – Orlando Júnior

A cantora recorda que descobriu seu dom na 6ª série do ensino fundamental, quando um professor a chamou para cantar em um coral da escola. “Depois, com a minha conversão, com meu encontro pessoal com Jesus, comecei a ir em um grupo de oração da minha cidade. Eu cantava em encontros e, depois, quando entrei para a Canção Nova, fui caminhando para um amadurecimento na música. Aprendi muita coisa, me aprimorei”, comenta.

Assim como Rogerinha, Elias manifestou seu dom ainda muito jovem. “Eu nasci em uma família cheia de musicistas. Logo pequeno, aos 7 anos, comecei a tocar pandeiro nas missas e grupos de oração. Depois, passei para a bateria, violãoe contrabaixo; na Comunidade Canção Nova, comecei a cantar, explorar mais o canto”, recorda. Segundo o missionário, à medida que foi se lançando na música, descobriu que Deus havia lhe concedido este dom.

Diferente dos dois, Orlando descobriu seu ministério através de uma necessidade dentro da Igreja. “Na minha paróquia, não havia músicos, então o padre questionou os jovens se poderiam ajudar na Igreja tocando um violão ou algo do tipo”, lembra. Ainda jovem, o cantor aceitou o desafio e começou a ajudar, tocando violão nas celebrações eucarísticas.

“Eu não me imaginava cantando na Canção Nova. Deus quer que nós frutifiquemos, não podemos enterrar nossos talentos. Vejo-me nesse time de cantores que tem a responsabilidade de comunicar Jesus e de comunicar muito bem! É uma missão de ponta de lança, de frente de batalha, como dizia padre Jonas”.

Ser cantor na Canção Nova

A cantora e missionária Rogerinha /Foto: Bruno Marques

Rogerinha frisa que fazer parte do time de cantores da Canção Nova é uma grande responsabilidade. “É levar o carisma Canção Nova, levar as pessoas a um encontro pessoal com Jesus na eficácia do Espírito Santo. Minha música precisa exalar isso, eu preciso chamar as pessoas com o meu canto para esse encontro. Levá-las a um Jesus vivo e ressuscitado é uma responsabilidade e um caminho de amadurecimento no meu ministério”, opina.

É maravilhoso poder servir na Canção Nova como músico, sublinha Elias. Ele conta que jamais imaginou cantar. Apesar de entrar na comunidade conhecendo seus dons, o missionário afirma que pensava que sua contribuição seria como instrumentista, mas jamais como cantor.

“Hoje, fazendo parte do Ministério de Música da Canção Nova, vejo que tudo foi iniciativa de Deus e passou pelo querer d’Ele. É uma honra e um orgulho muito grande fazer esse serviço de evangelização através da música”, reconhece.

A música Canção Nova na história da Igreja

“Nós que percorremos o país sabemos que as músicas da Canção Nova estão nas paróquias. O que cantamos aqui é replicado. A Canção Nova é uma escola de animadores, ensina sobre postura diante da liturgia. Enfim, ela já fez história dentro da Igreja Católica, e, hoje, creio que, pela maturidade desse carisma, ela continua sendo vitrine, escola para muitos ministérios de música” – Rogerinha

De acordo com Orlando, o crescimento da música católica no Brasil teve uma boa contribuição da Canção Nova. “Justamente porque o Monsenhor Jonas Abib foi um homem visionário, que trouxe essa ousadia do Espírito através das músicas cheias da Palavra de Deus”.

“Padre Jonas foi um dos pioneiros na introdução do violão, da bateria e de outros instrumentos dentro das Santas Missas”, conta Elias. O cantor reafirma que a Canção Nova contribuiu para que a música na Igreja fosse “melhor aproveitada”. “A Canção Nova é conhecida como ‘Casa do Músico’, porque foi aqui que tudo começou”, destaca.

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A Canção Nova, segundo Rogerinha, pode ser considerada “uma escola”. “Nós que percorremos o país sabemos que as músicas da Canção Nova estão nas paróquias. O que cantamos aqui é replicado. A Canção Nova é uma escola de animadores, ensina sobre postura diante da liturgia. Enfim, ela já fez história dentro da Igreja Católica e, hoje, creio que pela maturidade desse carisma, ela continua sendo vitrine, escola para muitos ministérios de música”.

Testemunhos

O cantor e missionário, Orlando Júnior /Foto: Daniel Xavier

“A música precisa levar a pessoa a ter um encontro com o Senhor” – Elias Júnior

“Fazer parte do Ministério de Música da Canção Nova é também receber o testemunho de pessoas que são tocadas pela música que eu canto, pela minha ministração”, conta a missionária. Ela relata que recebe constantemente o testemunho de pessoas que são tocadas pela música que ela canta.

Rogerinha cita um episódio, após um show em Salvador (BA), em que uma pessoa a procurou dizendo que não sabia porque estava ali, mas que, a partir daquela música, havia desistido de tirar a própria vida. Recentemente, a missionária cita que uma outra pessoa que estava no “fundo do poço” a procurou e disse que através de sua ministração teve um encontro com Deus.

Assim como a cantora, Orlando relata que, no último single, que lançou recebeu um bonito testemunho. “Uma pessoa de confissão evangélica disse que se encontrou com Jesus através da minha música. Tenho escutado também que a minha música leva as pessoas para Deus e para o céu”.

A música “Céu de Outono”, lançada recentemente por Elias, também já reúne testemunhos. “Uma pessoa falou que não conseguia parar de ouvi-la. A medida que escutava a música, ela conta que ia se levantando, ganhando esperança, ânimo e alegria, como se estivesse ressuscitando de uma vida morta”.

Para o missionário, ouvir a experiência que muitos fazem com músicas difundidas pela Canção Nova diz daquilo que não está na letra nem na melodia, diz sobre a unção da canção. “A música precisa levar a pessoa a ter um encontro com o Senhor”.

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