Iniciativa é fruto do Sínodo para a Amazônia, além de uma ação do Jubileu de Prata e do Projeto de Energia Fotovoltaica da arquidiocese
Da redação, com Arquidiocese de Palmas
A Arquidiocese de Palmas (TO) instituiu o Ministério de Guardiões Ecológicos. A iniciativa é fruto do Sínodo para Amazônia e uma ação do Jubileu de Prata e do Projeto de Energia Fotovoltaica da arquidiocese.
Em artigo publicado no site da arquidiocese, o arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito Guimarães, explica sobre a iniciativa. “Saiu de um dos Currículos Menores, no Sínodo para a Amazônia, do Grupo 11, do qual eu, Dom Pedro, era coordenador”, escreveu.
Palmas, a Capital mais jovem do Brasil, possui um traçado urbanístico ecologicamente interessante, frisou o bispo. A partir do Sínodo, Dom Pedro afirma que levou em sua bagagem o sonho de plantar esta nova missão. Após um período breve de formação em parceria com a Rede Eclesial Panamazônica Brasil (Repam) e a UniCatólica, a arquidiocese resolveu criar este ministério.
O Ministério de Guardiões Ecológicos
O Ministério de Guardiões Ecológicos surgiu para atuar no cuidado, na educação, sensibilização, prevenção, proteção, defesa, promoção e produção de significados, atividades e de subsídios, em prol da ecologia integral e da conversão ecológica.
“Este é um dos sonhos do Papa Francisco que queremos assumir como nosso. Sonhar é querer, é desejo, é sede”, comentou o arcebispo de Palmas.
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Dom Pedro alerta sobre as crises climáticas. Segundo ele, as mudanças são em muitos casos irreversíveis e, em parte, causadas por ações humanas.
Essas crises ligam “o sinal vermelho de alerta de que, se não fizermos nada agora, mais tarde será tarde demais”.
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Como qualquer outro ministério na Igreja, este é um serviço pastoral. “O ‘Deus Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis’, certamente, está sendo desrespeitado e descredenciado por nós, seus filhos e suas filhas, quando não cumprimos a missão para a qual fomos criados: ser guardiões das obras da sua criação”, prosseguiu.
Formação do Ministério
A formatação deste Ministério está no início. Dom Pedro comentou que tudo irá começar pela paróquia e seus entornos. “Esta é a primeira sala da Casa Comum. A primeira missão deles é o cuidado ecológico nos ambientes em que vivem, rezam e trabalham”, ressaltou.
Mais tarde, serão pensadas ações interparoquiais e arquidiocesanas. “Fazendo estes serviços de limpeza, de purificação, desintoxicação e de cuidado dos espaços paroquiais e de seus entornos, estarão prestando serviços à Arquidiocese como um todo”, complementou.
Dom Pedro lembra que o ser humano é um ser ecológico. E ser ecológico é ser humano. Por fim, ele pede que todos se unam da defesa do Ministério de Guardiões Ecológicos. “Quem respeita a natureza vive muito mais feliz”. “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5), conclui.