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A santidade é para todos, afirma padre na Solenidade de Todos os Santos

“A santidade não é para os mais bonitos, inteligentes e certinhos, mas para todos. De alguma forma, todos nós podemos caminhar em prol dessa realidade”, diz  padre Antônio Capelesso

Ronnaldh Oliveira
Da Redação


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No dia 1º de novembro, a Igreja celebra a Festa de Todos os Santos. Segundo a tradição, ela foi colocada neste dia, logo após 31 de outubro, porque os celtas ingleses (pagãos) celebravam as bruxas e os espíritos que vinham se alimentar e assustar as pessoas nesta noite (Halloween). Neste dia, de modo específico, a Igreja celebra, numa única solenidade, todos os Santos, para render homenagem àquela multidão de santos que povoam o Reino dos Céus, que São João viu no livro do Apocalipse na Sagrada Escritura.

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Segundo dados do Censo Católico 2020, a Igreja já canonizou mais de 30 mil santos, entre mártires, leigos, religiosos, consagrados, presbíteros, bispos e papas.

A Santidade na Teologia do Sorriso

Em nove anos de pontificado, Papa Francisco já canonizou mais de 900 santos. Antes de Francisco, o maior canonizador da Igreja havia sido João Paulo II, que em 26 anos de pontificado fez 482 santos. O terceiro Pontífice a mais canonizar foi Leão XIII, com 148 santos.

O delegado Arquiepiscopal da Causa dos Santos do Rio de Janeiro, padre Roberto Lopes, afirma que o pontificado de Francisco é, de fato, um grande florescer do trabalho semeado por João Paulo II e Bento XVI. “Ele é, de fato, uma primavera para futuros santos e santas, mostrando ao mundo o rosto da santidade fecunda do cristianismo.”

Seminarista Willian José Fernandes, da Diocese de Lorena. Sua ordenação presbiteral está prevista para dezembro de 2023/ Foto: Arquivo Pessoal

“O Papa Francisco trabalha muito com a teologia, eu diria, do sorriso. Ele quer mostrar que a nossa forma de viver, o nosso sorriso, o nosso modo de ser, transmitem a pessoa de Jesus Cristo. Isso é santidade. Transmitir Jesus para as pessoas. Se pudermos ser aquele Evangelho que as pessoas de fora vão conseguir ler, estamos conseguindo cumprir nossa missão de cristãos e, como consequência, vivendo a santidade”, ressalta o seminarista da diocese de Lorena, Willian José Fernandes.

A Santidade de hoje é para todos

O padre focolarino Antônio Capelesso, residente na Itália, crê que Francisco deseja que se tenha muitos santos.

Padre Antonio Capelesso, focolarino residente na Itália/ Foto: Arquivo pessoal

“Para o nosso Papa, a santidade não está em vista de uma espiritualidade individualista, mas que a santidade das pessoas forma um povo, o povo de Deus. Mesmo fora da Igreja Católica e em áreas muito diferentes, o Espírito suscita sinais da sua presença, que ajuda a própria Igreja a encontrar os caminhos para viver a santidade no mundo.”

Capelesso afirma que a Exortação Apostólica “Gaudete et Exsultate – sobre o chamado à santidade no mundo atual” só vem conclamar o que pede o Concílio Vaticano II. “Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Não é para os mais bonitos, inteligentes e certinhos, mas para todos. De alguma forma, todos nós podemos caminhar em prol dessa realidade”. 

Neste ano de 2022, Francisco já canonizou mais de 20 santos, entre eles Artemides Zatti, São João Scalabrini e Charles de Foucauld.

O seminarista José Willian diz ainda que a santidade aproxima as pessoas das realidades mais humanas das pessoas. “O convite que faço, sobretudo aos jovens, é que se aproximem das realidades das pessoas. A realidade dos mais simples, dos mais fracos, dos mais pobres, dos mais idosos, também das crianças. Sempre quando temos contato com essa realidade, estamos repetindo aquele gesto de Jesus: de cura, de visita, de escuta. Esses gestos fazem nascer em nós também o mesmo desejo missionário que levantou e animou o coração de Jesus. Ações de santidade”, finaliza.

 

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